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À medida que se aproximam as eleições para os cargos de prefeitos e vereadores, uma recente enquete realizada com nossos leitores revela um cenário de desconfiança crescente entre os eleitores. A amostragem indica que muitos cidadãos acreditam que muitos candidatos estão se lançando na política apenas em busca de poder e dinheiro fácil, o que gera uma visão cética sobre as verdadeiras intenções dos aspirantes a cargos públicos.
Percepção de oportunismo
Os eleitores afirmam que várias pessoas aproveitam a oportunidade de obter um salário fixo e outros benefícios ao final do mês, lançando-se na política. A avalição revelou que muitos dos entrevistados veem esses candidatos como "espertalhões" que, em tempos de dificuldade financeira ou falta de sucesso em outras áreas, enxergam na política uma chance de obter recursos rapidamente. Essa percepção de oportunismo é alimentada pela constante atuação dos candidatos, que prometem estar à disposição do povo e trabalhar pela população, mas que, na visão dos eleitores, raramente cumprem essas promessas.
Desconfiança nas promessas eleitorais
A desconfiança também se estende às promessas eleitorais. Muitos eleitores acreditam que os candidatos apenas declaram sua disposição para trabalhar pelo bem da população como uma estratégia para garantir votos, sem a real intenção de cumprir suas promessas uma vez eleitos.
“Às vésperas das eleições, todo mundo é bonzinho, vive para o povo e quer ajudar a população. Vai caçar serviço cambada de sem vergonha. Eu tô aqui nesse fim de semana pintando uma casa inteira para ganhar meu sustento, quer vir me ajudar?”, afirmou um dos abordados neste sábado.
Esse ceticismo é reforçado pela experiência de ver muitos políticos, após eleitos, beneficiando principalmente a si mesmos, seus parentes e amigos, em vez de focar no bem comum.
Preparativos para as eleições
Com o início das preparativas para as próximas eleições, a desconfiança dos eleitores pode ter um impacto significativo no processo eleitoral. A amostragem sugere que a desilusão com a classe política pode levar a um maior escrutínio dos candidatos, com os eleitores mais atentos às verdadeiras intenções daqueles que se lançam na corrida eleitoral. A enquete reflete um desejo crescente entre os eleitores por transparência e compromisso real dos futuros representantes. A expectativa é de que os candidatos demonstrem, de forma concreta, seu compromisso com o bem-estar da população, superando a imagem de oportunismo que atualmente prevalece entre os eleitores.
Críticas aos apoiadores de oportunistas
Além das críticas aos candidatos, os eleitores também expressaram descontentamento com outros eleitores que apoiam esses políticos considerados oportunistas. Segundo os entrevistados, no passado, esse apoio poderia ser justificado pela falta de conhecimento sobre a vida pregressa e as intenções dos candidatos ou pela falta de opções melhores. No entanto, com o crescimento das redes sociais e a ampliação dos veículos de comunicação, essas desculpas já não são mais aceitáveis. Esses eleitores acreditam que agora é possível para todos conhecerem a verdadeira situação e a sinceridade ou falta dela nas pessoas que se candidatam.
Os participantes da enquete sugerem que os eleitores que continuam a apoiar políticos oportunistas estão, na verdade, agindo de maneira semelhante aos candidatos. "Esses eleitores buscam vender seus votos e obter vantagens pessoais assim que seus candidatos assumirem os cargos", afirmam. A crítica é contundente e revela uma preocupação com a integridade do processo eleitoral e com a falta de ética dos candidatos, mas também de alguns eleitores.
A crescente insatisfação e desconfiança entre os eleitores em relação aos candidatos que veem a política como uma oportunidade de enriquecimento pessoal e aos eleitores que apoiam esses candidatos em troca de benefícios é evidente. Este cenário sugere que, para conquistar a confiança do eleitorado, os futuros candidatos precisarão demonstrar de forma inequívoca seu compromisso com o bem-estar coletivo e com a transparência em suas ações.
Faltando três meses para o primeiro turno das eleições municipais de 2024, uma série de restrições começa a valer a partir deste sábado (6). As proibições, principalmente para candidatos que ocupam cargos públicos, são estabelecidas pela Lei nº 9.504/1997, que regula as normas eleitorais.
Contratação de shows artísticos proibida
A partir de agora, é proibida a contratação de shows artísticos pagos com recursos públicos para inaugurações de obras públicas ou para a divulgação de prestação de serviços públicos.
Vedação à presença em inaugurações
Os candidatos não poderão comparecer a inaugurações de obras públicas durante este período.
Restrição a nomes, slogans e símbolos
Sites, canais e outros meios de comunicação oficiais não podem mais conter nomes, slogans, símbolos, expressões, imagens ou outros elementos que permitam a identificação de autoridades, governos ou administrações envolvidos na campanha eleitoral.
Proibição de transferência de recursos
Servidores e agentes públicos estão proibidos de realizar transferências voluntárias de recursos da União para estados e municípios, e dos estados para os municípios. Esta regra tem exceções em casos de emergência, calamidade pública, ou quando há obrigação formal preexistente para a execução de obras ou serviços em andamento e com cronograma prefixado.
Limitação à publicidade institucional e pronunciamentos
Pronunciamentos em cadeia de rádio e televisão fora do horário eleitoral gratuito estão proibidos, exceto em casos de matéria urgente, a critério da Justiça Eleitoral. Também está vedada a publicidade institucional de atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos ou entidades da administração indireta, salvo em situações de grave e urgente necessidade pública.
Nomeação ou exoneração de servidores
Até a posse dos eleitos, não será permitido nomear, contratar, remover, transferir ou exonerar servidores públicos, exceto para cargos comissionados e funções de confiança. A nomeação de aprovados em concursos públicos homologados até 6 de julho ainda é permitida.
Cessão de funcionários à Justiça Eleitoral
Órgãos e entidades da administração pública direta e indireta poderão ceder funcionários à Justiça Eleitoral de forma motivada, quando solicitado pelos tribunais eleitorais. Este prazo se estende até 6 de janeiro de 2025 para locais com apenas o primeiro turno das eleições e até 27 de janeiro para onde houver segundo turno.
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