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Os Correios registraram um prejuízo de R$ 2,64 bilhões no segundo trimestre de 2025, ampliando em quase cinco vezes as perdas observadas no mesmo período de 2024, quando o rombo foi de R$ 553,2 milhões. A estatal enfrenta uma crise financeira que se agrava mês a mês, pressionada por queda na arrecadação e aumento expressivo das despesas.
No primeiro semestre, o prejuízo acumulado chegou a R$ 4,37 bilhões — mais que o triplo dos R$ 1,35 bilhão do mesmo intervalo do ano anterior. A empresa já alertou o governo federal sobre o risco de colapso financeiro e solicitou auxílio emergencial à União. A equipe econômica, no entanto, afirmou que não há folga no orçamento para atender ao pedido, diante das restrições impostas pelas regras fiscais.
A situação contribuiu para o pedido de demissão do presidente da estatal, Fabiano Silva dos Santos, protocolado em julho. Mesmo após dois meses, o desligamento ainda não foi formalizado, devido à disputa política pela indicação de um sucessor, envolvendo partidos como União Brasil e PT.
A queda nas receitas é um dos principais fatores do cenário negativo. No segundo trimestre, a receita bruta de vendas e serviços foi de R$ 4,4 bilhões, com recuo nominal de 11,2% em relação ao mesmo período de 2024. O segmento de postagem internacional sofreu o maior impacto, com queda de 63,6% nas receitas — totalizando R$ 422,1 milhões entre abril e junho.
Esse segmento foi diretamente afetado pelo programa Remessa Conforme, da Receita Federal, que alterou o fluxo de pequenas encomendas internacionais. No semestre, as receitas com esse serviço somaram R$ 815,2 milhões, retração de 61,3%. No total, a receita bruta semestral da estatal caiu 11,3%, alcançando R$ 8,52 bilhões.
No lado das despesas, os gastos com precatórios (passivos judiciais) explodiram: foram R$ 1,2 bilhão entre abril e junho, alta de 812,6% em comparação com 2024. No semestre, esse valor chegou a R$ 1,59 bilhão, alta de quase 500%. Já os custos com pessoal atingiram R$ 2,8 bilhões no segundo trimestre, influenciados pelo reajuste linear de 4,11% e gratificação sobre férias.
Mesmo com as dificuldades financeiras, os funcionários dos Correios iniciaram uma campanha salarial em busca de novos reajustes. Algumas bases já aprovaram paralisações, embora a direção da empresa considere inviável negociar neste momento.
Na tentativa de conter os prejuízos, a estatal implementou um Programa de Demissão Voluntária (PDV), que contou com a adesão de 3.500 empregados. A medida pode gerar economia de até R$ 1 bilhão em 2026. Os Correios também iniciaram a venda de imóveis e lançaram um marketplace como tentativa de diversificação de receitas.
Contudo, a empresa já teve que recorrer a financiamentos para manter o funcionamento das operações. Em 2025, foram contratados R$ 1,8 bilhão em empréstimos junto a bancos como Citibank, BTG Pactual e ABC Brasil. A quitação do montante está prevista para ocorrer em seis parcelas, a partir de julho de 2026.
Internamente, estima-se que a estatal acumula cerca de R$ 600 milhões em dívidas com fornecedores. No fim de junho, o saldo total de obrigações com fornecedores era de R$ 2 bilhões, o dobro do registrado no mesmo mês de 2024. Parte desse valor inclui atrasos em repasses de ICMS sobre mercadorias importadas, situação que, segundo os Correios, foi regularizada em junho.
O balanço divulgado em 5 de setembro expõe um quadro crítico, que pressiona o governo federal a considerar uma eventual intervenção para evitar o colapso financeiro da empresa.
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