Valdemar confirma Bolsonaro como único plano para 2026

O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, foi categórico ao declarar que o único plano do partido para as eleições presidenciais de 2026 é ter Jair Bolsonaro como candidato. Em entrevista, ele reforçou que não há qualquer alternativa sendo cogitada internamente.

“Não temos plano B. O nosso plano é o Bolsonaro candidato”

, afirmou.

À frente da maior bancada do Congresso, Valdemar mostrou confiança na aprovação do projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro e disse acreditar que o Congresso terá apoio suficiente para isso. Segundo ele, ao menos 300 votos estariam assegurados na Câmara dos Deputados. “Todos têm o mesmo interesse na próxima eleição”, justificou, completando:

“O centro estará junto com a direita, e nós vamos ganhar a Presidência da República”

Crítico ao Supremo Tribunal Federal (STF), Valdemar afirmou que os processos contra os réus do 8 de Janeiro, incluindo Bolsonaro, estão sendo conduzidos de forma inadequada. “Eles estão sendo julgados no Supremo, mas deveriam estar na primeira instância. Está tudo irregular”, apontou. Para ele, isso reforça a necessidade da anistia: “Não dá chance de recorrer. Esse é o grande problema.”

Questionado sobre como o eleitorado moderado reagiria à anistia, especialmente se Bolsonaro for condenado, ele rebateu: “Bolsonaro não cometeu crime nenhum. Aquilo que aconteceu no 8 de Janeiro foi uma bobagem. Noventa e nove por cento do pessoal que estava lá nem participou”. Para Valdemar, o ex-presidente tem forte apoio popular, o que legitimaria sua presença nas urnas.

Sobre possíveis substitutos, Valdemar não descartou nomes como Tarcísio de Freitas, Ratinho Jr., Romeu Zema ou Ronaldo Caiado, mas deixou claro que a decisão caberá a Bolsonaro. “Ele colocou o nosso partido no patamar em que está hoje. Se ele indicar outro nome, tudo bem. Mas o ideal é ele ser o candidato.”

Michelle Bolsonaro também foi citada como possível figura central nas próximas eleições. Valdemar destacou o sucesso da ex-primeira-dama à frente do PL Mulher e mencionou que ela poderia até ser candidata ao Senado por Brasília, embora isso possa mudar. Segundo ele, pesquisas indicam que Michelle, assim como Bolsonaro e Tarcísio, venceriam Lula no segundo turno.

Mesmo diante da possibilidade de Bolsonaro ficar inelegível, Valdemar mantém esperança na anistia. “Acho que, quando a anistia vier, vai vir para valer, e o Bolsonaro vai poder ser candidato”, disse. Ele acredita que qualquer outro nome apoiado por Bolsonaro geraria insatisfações internas. “O melhor cenário é Bolsonaro candidato. É isso que estamos esperando.”

Valdemar também apontou a necessidade de pacificação política no país. Para ele, essa paz virá com a vitória da direita. “O caminho da pacificação é a direita assumir o poder, como está acontecendo no mundo todo. A esquerda quer se manter no poder para sempre, e isso não funciona. É preciso alternância.”

A confiança de Valdemar se estende à força eleitoral do PL em 2026. Ele projeta que o partido conquistará as maiores bancadas tanto na Câmara quanto no Senado. Apesar das críticas ao governo atual, ele diz querer paz: “Não podemos viver nessa guerra. Queremos tocar o país para frente.”