Dólar recua após ligação cordial entre Lula e Trump

Uma nova conversa entre Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump provocou impacto imediato no mercado financeiro nesta segunda-feira (6). Logo após o telefonema entre os presidentes do Brasil e dos Estados Unidos, o dólar começou o dia cotado a R$ 5,34, mas perdeu força ao longo da manhã, chegando a R$ 5,31 por volta das 13h.

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De acordo com nota do Itamaraty, o diálogo de cerca de 30 minutos foi classificado como “amistoso” e reafirmou a boa impressão deixada pelo encontro anterior, ocorrido na Assembleia Geral da ONU, em Nova York. A troca de palavras foi considerada positiva pelos dois lados, que sinalizaram abertura para uma nova etapa nas relações bilaterais.

Durante a ligação, Lula pediu a Trump que reavaliasse a sobretaxa de 40% sobre produtos importados e as restrições impostas a autoridades brasileiras. Atualmente, oito ministros do Supremo Tribunal Federal estão com vistos suspensos pelos Estados Unidos, entre eles Alexandre de Moraes, que também foi alvo de sanções financeiras pela chamada Lei Magnitsky.

A continuidade das tratativas ficará a cargo do vice-presidente Geraldo Alckmin, do ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira e do ministro da Fazenda Fernando Haddad, em articulação com o secretário de Estado americano, Marco Rubio. Segundo o governo brasileiro, ambos os presidentes demonstraram interesse em se reunir pessoalmente em breve.

“Os dois presidentes trocaram telefones para estabelecer via direta de comunicação”, informou a nota.

Enquanto o dólar apresentava desvalorização, a bolsa de valores brasileira registrava movimento oposto. O Ibovespa operou em queda após as primeiras notícias sobre o telefonema, refletindo a cautela dos investidores diante das incertezas políticas e comerciais. Ainda assim, após a divulgação da nota oficial com o tom positivo da conversa, as perdas foram amenizadas.

O comportamento do mercado foi interpretado por analistas como uma resposta ao equilíbrio entre o otimismo diplomático e a expectativa quanto às negociações econômicas que se seguirão. A oscilação, segundo especialistas, indica que o diálogo entre Lula e Trump poderá influenciar diretamente a política comercial e cambial nas próximas semanas.