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Saúde

Especialista alerta para riscos do 'fox eyes', procedimento feito por Junior Dutra antes de morrer

Médica Giselle Mello explica complicações e cuidados necessários após o tratamento estético que o influenciador realizou meses antes de morrer

06/10/2025 às 14:24 por Redação Plox

A morte do influenciador mineiro Adair Mendes Dutra Junior, conhecido como Junior Dutra, voltou a acender o alerta sobre os riscos de procedimentos estéticos invasivos. O jovem havia realizado o procedimento conhecido como 'fox eyes' — uma técnica que levanta o canto dos olhos e as sobrancelhas para criar um olhar mais alongado — meses antes de morrer, na última sexta-feira (3/10).


Imagem Foto: Reprodução

Em entrevista à coluna Fábia Oliveira, a médica Giselle Mello explicou como o procedimento é feito e destacou a importância de realizá-lo apenas com profissionais habilitados.
“Para aplicar fios faciais ou corporais é necessário um conhecimento anatômico preciso. Nunca se deve pular etapas ou improvisar técnicas”, alertou a especialista.

Segundo Giselle, o 'fox eyes' pode ser realizado de diferentes formas — com fios de sustentação (PDO, PLLA), toxina botulínica, preenchedores ou cirurgias específicas, como a cantopexia, quando se busca um resultado permanente. Apesar de ser popular entre celebridades, o procedimento exige extremo cuidado por envolver regiões delicadas do rosto.


Imagem Foto: Reprodução

A médica explicou que, mesmo quando realizado corretamente, o tratamento pode gerar complicações. Entre as mais comuns estão assimetrias faciais, aparência repuxada, infecções locais e perda precoce do efeito. Casos mais graves podem evoluir para necrose, quando há falha na assepsia ou manipulação inadequada.


Também existem riscos vasculares e nervosos, como lesões em ramos da artéria temporal superficial, que podem causar hematomas, dor crônica e até dormência. Em alguns casos, o fio pode comprimir tecidos e levar à isquemia cutânea.


Imagem Foto: Reprodução

Giselle Mello destacou ainda os impactos psicológicos que podem surgir após o procedimento.
“A insatisfação estética é muito comum. Há pacientes que se arrependem do resultado por não terem sido orientados corretamente sobre os riscos”, explicou.

Além disso, ela reforçou que apenas médicos com especialização adequada — dermatologistas, cirurgiões plásticos ou oftalmologistas com formação em plástica ocular — estão legalmente autorizados a realizar esse tipo de intervenção, conforme determina a Resolução CFM nº 2.320/2022 e normas da Anvisa. Biomédicos, dentistas e esteticistas não têm permissão para aplicar fios de sustentação na face.


Em relação ao tratamento de complicações, a médica orienta que sinais como dor intensa, secreção purulenta, perda de sensibilidade, calor local e manchas esbranquiçadas devem ser observados imediatamente. Em casos de infecção, o uso precoce de antibióticos é essencial. Já em situações de necrose, compressas mornas, vasodilatadores tópicos e oxigenoterapia hiperbárica podem ser recomendados.


Nos casos de extrusão de fios, a remoção deve ser feita em ambiente médico e de forma asséptica. Quando há insatisfação estética, o paciente deve ser reavaliado após cerca de 30 dias, podendo haver necessidade de retoque ou reconstrução.


A médica também orientou sobre a importância de escolher clínicas regularizadas e desconfiar de valores muito abaixo do mercado. É essencial solicitar o CRM do profissional, exigir termo de consentimento informado e seguir rigorosamente o pós-procedimento, especialmente nas primeiras 48 horas.


“Um erro de milímetros pode causar danos irreversíveis. O rosto é uma das áreas mais sensíveis do corpo humano”, reforçou Giselle Mello.

A morte de Junior Dutra reforçou o debate sobre a banalização de procedimentos estéticos e os riscos associados à falta de acompanhamento profissional. O caso serve de alerta para pacientes que buscam resultados rápidos e acabam expondo a saúde a complicações potencialmente graves.


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