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Prestes a completar 80 anos, José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil e um dos dirigentes históricos do PT, revelou em entrevista que se prepara para voltar à cena eleitoral. O político pretende lançar o segundo volume de sua autobiografia no próximo ano e disputar, pela quarta vez, uma cadeira de deputado federal por São Paulo, a pedido direto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Dirceu afirma que pedirá votos como uma forma de “reparação” por ter sido condenado e preso nos casos do mensalão e da Operação Lava Jato, punições que considera injustas. Ele voltou a integrar a direção nacional do PT neste ano e sinaliza que, mesmo aos 80 anos, mantém influência no partido.
"Sou candidato porque o presidente pediu e porque acredito que é por justiça. É uma reparação que vou pedir para o eleitorado, para o povo em São Paulo", disse Dirceu.
Além de comentar sua trajetória política, Dirceu fez declarações polêmicas sobre Jair Bolsonaro. Para ele, o ex-presidente, condenado por tentativa de golpe de Estado e atualmente em prisão domiciliar, não teria condições físicas nem psicológicas de cumprir pena em um presídio comum. Segundo Dirceu, a instabilidade e a falta de autocontrole de Bolsonaro justificariam a manutenção do regime domiciliar, como ocorre com o também ex-presidente Fernando Collor de Mello.
“Não vejo como ele poderia entrar no sistema penitenciário. As condições são péssimas e seria, de qualquer maneira, uma prisão especial”, afirmou Dirceu. Ele recordou ainda que Lula, quando preso, ficou em uma cela da Polícia Federal, um ambiente diferenciado do sistema penitenciário tradicional.
“Temos uma relação de quase 40 anos e convivemos de 1979 até 2005 quase que semanalmente ou diariamente. Então nós também conversamos, vamos dizer assim, por telepatia”.
A entrevista abordou ainda suas experiências na clandestinidade durante a ditadura militar, seu treinamento em Cuba e a criação de identidades falsas para escapar da repressão. Dirceu disse que jamais faria delação premiada e que preferiria morrer a colaborar com investigações contra aliados, em referência ao ex-ministro Antônio Palocci, com quem rompeu após ele iniciar negociações para colaboração premiada em 2018.
Sobre política atual, Dirceu reconheceu a habilidade de adversários. Citou Valdemar Costa Neto, presidente do PL, como “o político mais hábil que tem na direita” e relembrou momentos de convivência com ele na prisão durante o mensalão, quando dividiam preocupações e até pequenas disputas sobre o ambiente da cela.
O ex-ministro também comentou sobre a necessidade de uma reforma tributária profunda para combater a concentração de renda no Brasil, criticou o poder das emendas parlamentares e defendeu que o país mude o sistema eleitoral para fortalecer os partidos. Sobre evangélicos e a nova classe trabalhadora, ele afirmou que o PT tem buscado diálogo e que há uma mudança geracional dentro das igrejas, com jovens evangélicos cada vez mais distantes do bolsonarismo.
Em relação às eleições de 2026, Dirceu aposta em uma chapa forte para disputar São Paulo e afirma que a decisão sobre a manutenção de Geraldo Alckmin como vice cabe ao presidente Lula. Ele avalia que o governo atual é de centro-esquerda, mas sustenta sua base no Congresso com partidos de centro-direita.
O ex-ministro encerrou a entrevista ressaltando que, mesmo com divergências políticas e pessoais, mantém relações antigas com militantes de diferentes espectros ideológicos. Para ele, o Brasil passa por um momento de intensa politização e não apenas de polarização, e essa mudança social pode definir os rumos do país nos próximos anos.
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