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O uso de ferramentas de inteligência artificial já faz parte do cotidiano de estudantes e professores focados no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e em outras avaliações. Após um período inicial de desconfiança, cursinhos relatam uma adoção crescente da IA nas rotinas: desde planejar aulas e estudos até a elaboração de materiais didáticos e exercícios.
Juliana Tavares, supervisora pedagógica do Descomplica, afirma que o cenário mudou rapidamente, refletindo a transformação do setor educacional. Ela destaca que inclusive o Ministério da Educação passou a oferecer um aplicativo de estudos com recursos de IA, como a correção automática de redações e assistente virtual.
O Ministério da Educação lançou um aplicativo que utiliza inteligência artificial para auxiliar os candidatos na preparação para o Enem
Foto: Ministério da Educação
Professores revelam preocupação quanto ao uso indevido dessas ferramentas, o que pode prejudicar a aprendizagem dos estudantes. A orientação é clara: as ferramentas devem servir como apoio, e não como substitutas dos materiais didáticos tradicionais ou da interação com professores.
Em meio à crescente adesão, as instituições têm preferido criar plataformas próprias, alimentadas por conteúdos internos, para garantir maior controle na aplicação da tecnologia. Entretanto, alternativas abertas como ChatGPT, Gemini e NotebookLM, também são utilizadas para apoiar funções específicas, como a organização dos planos de estudos.
O professor de física Emerson Júnior observa que tais tecnologias erravam mais no passado, mas vêm apresentando respostas mais confiáveis, embora ainda demandem revisão por parte dos educadores. Segundo ele, a principal função desses sistemas é ajudar os alunos a elencar prioridades nos estudos, inclusive com o auxílio de planilhas.
Já para o professor de química Filippo Fogaccia, é fundamental optar por prompts que estimulem o raciocínio do estudante, em vez de apenas solucionar exercícios automaticamente. O objetivo é que a IA complemente o aprendizado, despertando novas dúvidas e fortalecendo a autonomia do estudante.
Soluções que transcrevem vídeos de aulas e oferecem resumos vêm se tornando comuns em plataformas como o Descomplica. Com elas, os alunos podem revisar conteúdos específicos e sanar dúvidas diretamente no chat, agilizando o estudo e potencializando revisões estratégicas. A recomendação dos profissionais é usar esses resumos em disciplinas já dominadas ou em fase de revisão, evitando substituir o aprofundamento realizado nas aulas completas.
Plataformas externas, como o Google NotebookLM, também permitem a transcrição de vídeos do YouTube, oferecendo respostas baseadas apenas no conteúdo apresentado nas gravações. O próprio YouTube já disponibiliza transcrições de falas abaixo dos vídeos, ampliando as possibilidades de consulta.
Um dos desafios no uso dos modelos de linguagem é a necessidade de fornecer comandos — ou prompts — específicos. Pedidas genéricas podem gerar respostas superficiais ou irrelevantes para o perfil da prova do Enem. Professores orientam que os alunos exemplifiquem suas demandas com questões reais das provas anteriores, anexando PDFs e solicitando exercícios similares à estrutura oficial do exame.
Celso Tasinafo, do Colégio Oficina do Estudante, ressalta que prompts sem contexto, como "quero exercícios de termologia", tendem a produzir resultados insatisfatórios. A indicação é anexar arquivos das provas passadas ao chat, detalhando o que precisa ser reproduzido, para obter maior precisão nas respostas.
Especialistas alertam para possíveis efeitos negativos das IAs abertas, que podem sugerir conteúdos fora da programação de estudos e causar ansiedade nos estudantes. Por isso, há uma busca crescente por ferramentas próprias, com filtros e direcionamento pedagógico mais controlados.
É uma ferramenta muito poderosa e útil. Mas o estudante não está tão familiarizado com a IA como está com o material tradicional. Ainda mais a essa altura, faltando tão pouco tempo para as provas. O risco é do aluno ficar mais inseguro por ter acesso a uma ferramenta com muita informação, que pode fazer ele se sentir mal e despreparado. Célio Tasinafo, Colégio Oficina do Estudante
Os professores reforçam que a IA deve ser um complemento, nunca uma substituição dos materiais convencionais e do apoio presencial. O recomendado é integrá-la aos métodos de estudo já consolidados, como enviar arquivos em PDF com exercícios do Enem para que sejam adaptados ou revistos pelas IAs.
Outra sugestão apontada é a criação de projetos dentro dos chats, permitindo que a inteligência artificial mantenha um histórico dos pedidos e siga um padrão de resposta consistente ao longo do tempo.
A Descomplica desenvolveu um sistema de correção de redações com IA, apoiado tanto em exemplos de textos quanto na cartilha oficial do Enem. O recurso, disponível para assinantes, é capaz de analisar competências exigidas e detalhar pontos a melhorar, agilizando o retorno para o aluno.
Uma correção que levava dias agora é feita em poucos minutos. Não podemos só dar uma nota. É importante explicar no que o aluno errou, por que a nota é aquela, e então dar sugestão de melhorias. Juliana Tavares
Apesar das facilidades, a tecnologia ainda requer revisão humana. Há casos em que a IA fez associações equivocadas, o que reforça a necessidade de validação por corretores especializados.
No Objetivo, um sistema próprio faz uma avaliação inicial com feedback automático, complementado por análise de professores. Um dos requisitos é que o aluno escreva o texto à mão, para simular as condições reais da prova.
O objetivo das plataformas é entregar ao estudante rapidez e detalhamento no retorno, ajudando a organizar o cronograma de estudos e preparar melhor para os processos seletivos.
O Enem ocorrerá nos dias 9 e 16 de novembro e mantém, desde sua criação em 1998, o status de principal método de ingresso no ensino superior brasileiro. As notas do exame permitem participar do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), do Programa Universidade Para Todos (Prouni) e podem ser usadas para solicitar o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
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