Frigorífico retira imagem de Leonardo do Instagram após processo de R$ 600 mil

A página do Frigorífico Goiás no Instagram amanheceu nesta segunda-feira (7/4) sem o destaque com o nome do cantor Leonardo, que até a sexta-feira anterior (4/4) ocupava posição de destaque no topo do perfil da empresa.

Foto: Reprodução

A retirada ocorre dias após a revelação de uma ação judicial protocolada pela defesa do sertanejo no Tribunal de Justiça de Goiás. A equipe jurídica de Leonardo, juntamente com a empresa Talismã — responsável pelos direitos de imagem do artista — exige uma indenização de R$ 600 mil por danos morais, alegando o uso indevido da imagem do cantor para fins comerciais, sem autorização.

Segundo consta no processo, o frigorífico estaria utilizando uma foto de Leonardo, feita em 2020, para promover kits de churrasco em suas redes sociais e também em seu site oficial. A imagem foi originalmente publicada por Leonardo como forma de agradecimento por um presente recebido da empresa, mas continuou sendo utilizada sem permissão. Um registro cartorial, datado de 28 de fevereiro deste ano, comprova a persistência dessa divulgação indevida.

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A ação, protocolada no dia 11 de março, pede ainda uma tutela de urgência. Os advogados requerem que o uso da imagem do cantor seja interrompido imediatamente, com prazo improrrogável de 24 horas para a retirada de qualquer menção ou conteúdo envolvendo Leonardo em produtos ou publicações comerciais da empresa.

No sábado (5/4), o empresário Leandro Batista da Nóbrega, proprietário do frigorífico, afirmou ao portal Metrópoles que Leonardo teria entrado em contato dizendo que não estava ciente da ação, atribuindo a iniciativa à sua assessoria. De acordo com Nóbrega, o cantor teria solicitado a retirada do processo e demitido o responsável pela iniciativa. Mesmo com essa declaração, o destaque com o nome do sertanejo foi removido da página da empresa após a repercussão do caso.

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O Frigorífico Goiás, conhecido por seu envolvimento em polêmicas políticas, já teve como sócio o cantor Gusttavo Lima e ganhou notoriedade em 2022 ao lançar uma promoção durante as eleições presidenciais, vendendo picanhas a R$ 22 em apoio ao então candidato Jair Bolsonaro. A ação causou tumulto e resultou na morte de uma mulher que passou mal em meio à multidão. Posteriormente, a Justiça ordenou a suspensão da promoção e o Procon autuou a empresa por vender produtos vencidos e carnes sem data de validade.

Mesmo com o histórico de controvérsias, a empresa segue utilizando imagens de figuras políticas em suas embalagens, como Bolsonaro, Donald Trump e Javier Milei. Até o momento, a assessoria de Leonardo não se manifestou oficialmente sobre o caso.

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