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Durante entrevista ao programa 'Bom dia, Ministro', da EBC, Fernando Haddad, atual ministro da Fazenda, revelou que o governo federal está empenhado em estudar a viabilidade de um sistema de transporte público com tarifa zero em todo o território nacional. O levantamento detalhado foi solicitado diretamente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
De acordo com Haddad, a equipe econômica da Fazenda está realizando uma análise minuciosa, com base em informações como o custo total do setor, os subsídios atualmente repassados pelos entes públicos e o impacto financeiro para os trabalhadores. O objetivo dessa “radiografia”, como descreveu o ministro, é avaliar novas possibilidades de financiamento para o transporte coletivo, buscando alternativas que possam tornar o serviço gratuito para a população.
"Estamos recuperando estudos antigos e atualizando os dados para entender como podemos avançar em um modelo que tenha forte apelo social", afirmou Haddad.
Paralelamente ao movimento do governo federal, a Câmara Municipal de Belo Horizonte rejeitou recentemente um projeto de lei que propunha a gratuidade nas tarifas dos ônibus da capital mineira. Apesar da derrota na casa legislativa, Juliano Lopes (Podemos), presidente da Câmara, declarou que a prefeitura de Belo Horizonte continua buscando apoio do governo federal para viabilizar o financiamento do transporte local.
O prefeito da cidade, Álvaro Damião (União), já havia levado pessoalmente a proposta ao presidente Lula, indicando a necessidade de um aporte federal para colocar em prática o modelo de tarifa zero na capital mineira.
Enquanto isso, o Ministério da Fazenda segue à frente da elaboração de um diagnóstico completo sobre o funcionamento e os custos do setor em nível nacional. O resultado desse estudo poderá nortear futuras políticas públicas relacionadas à mobilidade urbana e ao acesso gratuito ao transporte coletivo em cidades brasileiras.
As discussões sobre gratuidade no transporte vêm ganhando força em várias esferas do poder público, e o envolvimento direto da presidência indica que o tema pode ganhar ainda mais relevância nos próximos meses.
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