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CPMI do INSS aprova acareação entre delator e suspeito de liderar fraude bilionária

Investigação apura esquema que fraudou descontos em benefícios do INSS, causando prejuízo superior a R$ 6,3 bilhões; comissão autoriza novas diligências e prisões.

07/11/2025 às 10:09 por Redação Plox

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS aprovou, nesta quinta-feira (6), a realização de uma acareação entre o advogado Eli Cohen — responsável por denunciar o esquema de fraudes em aposentadorias — e o empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS. Ele é apontado como um dos líderes do grupo suspeito de desviar bilhões de reais de benefícios previdenciários.

Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como

Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS"

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado


A acareação buscará colocar os dois depoentes frente a frente para esclarecer contradições apresentadas em depoimentos distintos sobre o funcionamento do esquema. O objetivo é avançar nas investigações da comissão e esclarecer pontos ainda controversos.

PF aponta desvio bilionário em fraudes em aposentadorias

Segundo a Polícia Federal, o grupo atuava falsificando autorizações de idosos para permitir que sindicatos e associações descontassem mensalidades diretamente de benefícios do INSS. O prejuízo estimado ultrapassa R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.

Prisão preventiva e novas diligências aprovadas pela CPMI

A comissão também deliberou pela prisão preventiva de quatro pessoas, entre elas Rubens Oliveira Costa, acusado de ter ocultado documentos e atuado em empresas ligadas ao “Careca do INSS”, e Felipe Macedo Gomes, ex-presidente da Amar Brasil Clube de Benefícios.

Comissão amplia investigações e requisita relatórios sigilosos

Além das prisões, a CPMI ampliou as diligências, solicitando à Controladoria-Geral da União dados sobre crédito consignado. Foram requisitados ainda mais de cem relatórios sigilosos ao Coaf, que devem contribuir para o rastreamento dos recursos desviados e identificação de outros envolvidos, incluindo instituições bancárias e entidades de fachada.

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