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Política
Governo Lula vê agressão e morte de mulheres virar “pandemia”
Relatório do Ministério das Mulheres mostra 71.892 estupros contra mulheres em 2024, desigualdade racial acentuada e domicílio como principal local de risco, enquanto governo Lula defende fortalecimento de políticas públicas e incentivo à denúncia
07/12/2025 às 10:26por Redação Plox
07/12/2025 às 10:26
— por Redação Plox
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O país enfrenta uma crise persistente de violência de gênero. Apesar de leves recuos estatísticos em alguns indicadores, as cifras de agressões, estupros e feminicídios continuam em níveis alarmantes — o suficiente para que autoridades comparem o fenômeno a uma “pandemia social”.
Número de casos é preocupante
Foto: Redes sociais
📈 O panorama mais recente
Em 2024, foram registrados 1.450 feminicídios no Brasil — homicídios de mulheres motivados por gênero, violência doméstica ou familiar.
No mesmo ano, o país contabilizou 71.892 estupros contra mulheres — o equivalente, segundo o relatório oficial, a cerca de 196 ataques por dia.
Embora o total de casos de violência letal contra mulheres (feminicídios + homicídios intencionais + lesões corporais seguidas de morte) tenha caído 5,07% em relação a 2023, o número absoluto permanece elevado.
A desigualdade racial e social aparece também nos dados: de acordo com o relatório do Ministério das Mulheres (Raseam 2025), dos casos de violência contra mulheres adultas (de 20 a 59 anos), 60,4% foram contra mulheres pretas ou pardas, contra 37,5% de mulheres brancas.
Serviços e Informações do Brasil
O domicílio é apontado como o principal local de risco — em muitos casos, agressões, estupros ou assassinatos ocorrem dentro de casa, o que evidencia a vulnerabilidade da mulher mesmo no ambiente
🔎 Por que muitos apontam para uma “pandemia”?
A comparação com “pandemia” não tem pretensão epidemiológica, mas simbólica: trata-se de um quadro de violência disseminada, habitual, estrutural — não de ocorrências pontuais ou isoladas. Alguns dos elementos que reforçam essa analogia:
A constância e o volume de casos: ataques diários, estupros frequentes, mortes motivadas por gênero.
A abrangência social: mulheres de diferentes raças, faixas etárias e regiões são vítimas — embora grupos historicamente vulneráveis (como mulheres negras) sofram de forma desproporcional.
A persistência, mesmo diante de políticas públicas: mesmo com ações governamentais, os números não despencam — e muitos casos sequer chegam a ser denunciados ou contabilizados. Isso torna a violência “invisível” em parte significativa.
Pesquisas recentes confirmam a subnotificação da violência doméstica no Brasil: segundo um estudo de 2025 sobre violência por parceiro íntimo, muitas vítimas não chegam a registrar ocorrência.
arXiv
🏛 O cenário institucional e as respostas do Estado
Diante desses dados, o Estado brasileiro — e vozes ligadas à administração do Luiz Inácio Lula da Silva — têm alertado para a necessidade de encarar a violência contra a mulher como uma prioridade de saúde pública e de segurança social. Entre as medidas defendidas ou em curso:
Fortalecimento de políticas públicas voltadas à proteção da mulher, com encaminhamentos para apoio psicológico, medidas protetivas, acolhimento, assistência social.
Incentivo à denúncia e ao acolhimento de vítimas — buscando reduzir a subnotificação e trazer à luz casos que sequer chegam às estatísticas oficiais.
Campanhas de conscientização, educação de gênero e combate às desigualdades estruturais que alimentam a violência (racismo, machismo, vulnerabilidade social).
Melhoria na coleta de dados, monitoramento e avaliação de políticas públicas — para que os números retratem melhor a gravidade real da situação.
Especialistas alertam, porém, que leis e programas são só uma parte da solução: sem mudanças culturais profundas — na forma como a sociedade encara gênero, poder e relações — a violência tende a persistir.
💡 A urgência de tratar o problema com a gravidade que merece
Para muitas vítimas e ativistas, o debate sobre punir agressores é importante — mas não suficiente. É fundamental prevenir desde a raiz: com educação, direitos iguais, empoderamento econômico, apoio às sobreviventes e políticas estruturais.
Para as pessoas que atuam no setor, os números que deveriam diminuir — feminicídios, estupros, agressões — continuam altos, e o sofrimento atravessa lares, classes sociais e gerações. Para os atuantes no setor, tratar a violência contra a mulher como “pandemia social” é mais do que uma metáfora retórica: é um alerta urgente para a escala, a frequência e a letalidade — e um chamado para que Estado e sociedade não desviem o olhar.
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