"Acabou o clima": Artistas e ativistas cobram Lula por políticas ambientais

Artistas e Ativistas Pressionam o Governo Lula

Uma congregação de artistas e ativistas, que anteriormente expressaram seu apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante as eleições de 2022, manifestou publicamente sua insatisfação com as atuais políticas ambientais. A crítica e cobrança acontece em meio a recentes medidas aprovadas pelo Congresso Nacional, que, segundo os ativistas, podem ser danosas ao meio ambiente do Brasil.

Clima de Insatisfação

Os ativistas, que incluem atores, influenciadores e líderes de movimentos socioambientais, lançaram um vídeo nas redes sociais. Na produção audiovisual, o grupo expressa suas preocupações com a atual gestão da área ambiental, usando a expressão emblemática: "Acabou o clima".

Os artistas e ativistas afirmaram que o voto dado a Lula se deu em parte devido à promessa do governo de valorizar e proteger a natureza, considerada por eles como o maior patrimônio do Brasil. Acreditavam que uma política ambiental eficaz poderia, inclusive, ajudar a erradicar a fome no país. Contudo, após os primeiros 100 dias de governo, o grupo manifesta seu descontentamento.

As Mudanças Políticas e o Descontentamento

A crítica ocorre no momento em que medidas são tomadas pelo governo Lula que implicam em uma reestruturação dos ministérios e que geraram desgaste na pasta do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas. O deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL), relator da medida provisória que promoveu a reestruturação, deslocou algumas responsabilidades da pasta sob o comando de Marina Silva e do Ministério dos Povos Indígenas.

Devido à pressão gerada por tais mudanças, o presidente Lula vetou um trecho de uma lei aprovada na Câmara que poderia enfraquecer a proteção à Mata Atlântica. O veto ocorreu na segunda-feira, dia 6 de junho.

A Luta pela Terra Indígena

O vídeo divulgado pelos ativistas ganha ainda mais relevância nesta quarta-feira, dia 7, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) retoma o julgamento do marco temporal. Esse julgamento é de fundamental importância, pois determinará os limites para a demarcação de terras indígenas, indo de encontro ao projeto de lei aprovado pela Câmara dos Deputados.