Mineira supera depressão e transforma crochê em nova profissão

Juliana Sanches, natural de Rio Paranaíba, no Triângulo Mineiro, viu sua vida dar uma reviravolta a partir de um momento de profunda tristeza. Após enfrentar uma crise emocional e profissional, ela encontrou na arte do crochê, especificamente na técnica japonesa do amigurumi, uma saída que a levaria ao sucesso financeiro e à superação pessoal.

Foto: Rede Social

A depressão chegou quando Juliana se viu sem trabalho, cuidando sozinha do filho autista, então com apenas dois anos. Sem perspectivas, encontrou no artesanato uma forma de terapia. Com R$ 20 investidos em materiais, ela produziu uma raposa de crochê como presente para o filho. Decidiu então vender o primeiro boneco em um grupo de desapego no Facebook, e a peça foi comprada por R$ 100. Esse episódio foi o ponto de partida de sua transformação.

Nos dois anos seguintes, Juliana passou a faturar cerca de R$ 3 mil por mês. Motivada pelo retorno, mergulhou no mundo digital e passou a divulgar suas criações nas redes sociais. O alcance cresceu e, junto com ele, vieram pedidos de dicas e ensinamentos por parte de seguidoras.

Em 2021, ela lançou seu primeiro curso online de amigurumi. Em menos de uma semana, o faturamento chegou a R$ 160 mil. O sucesso foi tanto que Juliana acumulou mais de 8 mil alunas desde então. Muitas delas, segundo ela, conseguiram conquistar renda já no primeiro mês.

O que começou como uma tentativa de presentear o filho, tornou-se um modelo de negócio sólido. “O que mais gosto no amigurumi são as possibilidades. É uma arte quase ilimitada: personalizações, personagens, objetos… E ainda posso trabalhar de onde estiver, conciliando com a maternidade”, explica.

Hoje, Juliana já ultrapassou a marca de R$ 5 milhões em faturamento. Mas não para por aí: sua meta para 2025 é superar os R$ 10 milhões. Além da venda de produtos, ela se consolidou como uma referência no ensino do crochê, ajudando outras mulheres a também encontrarem independência financeira por meio do artesanato.

Sua trajetória mostra que o amigurumi não só resgatou sua autoestima e saúde mental, como abriu portas para uma carreira de sucesso, construída com coragem, dedicação e talento. Atualmente, Juliana inspira uma rede crescente de mulheres que encontram nas linhas e agulhas um novo propósito de vida.