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Economia
Dólar abre estável e ETF brasileiro sobe em meio a tensões políticas e eleitorais
Possível candidatura de Flávio Bolsonaro em 2026, associada a pedidos de anistia, aumenta incertezas, pressiona Ibovespa e eleva tensão entre investidores, enquanto mercado aguarda decisões de juros do Copom e do Fed
08/12/2025 às 09:05por Redação Plox
08/12/2025 às 09:05
— por Redação Plox
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O dólar abriu a sessão desta segunda-feira (8) praticamente estável, com leve queda de 0,04% por volta das 9h02, negociado a R$ 5,4312. No pré-mercado dos Estados Unidos, o EWZ — ETF que acompanha o desempenho de grandes empresas brasileiras listadas lá fora — avançava 1,97%.
Os acontecimentos políticos voltam a pesar sobre o humor dos investidores neste início de semana. Após a turbulência de sexta-feira, o mercado segue monitorando de perto os movimentos de Flávio Bolsonaro, que chegou a declarar que “tem um preço” para desistir da candidatura à Presidência em 2026.
O cenário político volta a influenciar o humor dos mercados neste começo de semana
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Cenário eleitoral reacende tensão nos mercados
A possibilidade de que Flávio Bolsonaro abra mão da disputa recolocou o cenário eleitoral no centro das análises. Ao admitir que poderia deixar a corrida em troca de anistia para o pai, Jair Bolsonaro, o senador aumentou o grau de incerteza e manteve o ambiente político no foco dos investidores.
A pré-candidatura anunciada na sexta-feira surpreendeu o mercado e desencadeou uma forte onda de venda de ativos brasileiros. O Ibovespa tombou mais de 4%, interrompendo a sequência de altas recentes, apoiada nas expectativas de cortes de juros no Brasil e nos Estados Unidos.
Analistas avaliam que a entrada de Flávio na disputa enfraquece a oposição e, com isso, pode ampliar as chances de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Há ainda a percepção de que Tarcísio de Freitas seria um nome mais competitivo, o que frustrou parte das expectativas em torno de uma eventual chapa Tarcísio–Michelle Bolsonaro, vista como mais unificadora para a direita.
Inflação em queda e foco nas decisões de juros
No Brasil, o Boletim Focus é outro ponto de atenção nesta segunda-feira. As projeções de inflação voltaram a recuar: para 2025, a estimativa passou de 4,43% para 4,40%, na quarta queda consecutiva. Para 2026, a previsão caiu de 4,17% para 4,16%, no terceiro ajuste seguido.
Mesmo assim, o principal foco da semana está nas decisões de política monetária. Copom e Federal Reserve divulgam suas resoluções na quarta-feira.
Por aqui, o mercado espera manutenção da Selic em 15%, enquanto busca sinais mais claros sobre quando poderá começar o ciclo de cortes. Nos Estados Unidos, cresce a aposta em mais um corte de 0,25 ponto percentual, embora a decisão deva dividir opiniões dentro do Fed.
Desempenho recente de dólar e Ibovespa
No acumulado recente, o dólar apresenta o seguinte comportamento:
Acumulado da semana: +1,83%
Acumulado do mês: +1,83%
Acumulado do ano: -12,09%
Já o Ibovespa registra:
Acumulado da semana: -1,07%
Acumulado do mês: -1,07%
Acumulado do ano: +30,83%
Reação do mercado à possível candidatura de Flávio Bolsonaro
A sinalização de que Flávio Bolsonaro pode disputar a Presidência em 2026, no lugar do pai, provocou uma reação imediata e negativa nos mercados na sexta-feira. No começo da tarde, o dólar ganhou força frente ao real e o Ibovespa virou para queda, apesar do ambiente externo mais favorável após o índice de inflação PCE dos Estados Unidos vir em linha com o esperado.
Preso por tentativa de golpe de Estado, Jair Bolsonaro está impedido de disputar eleições. Nesse contexto, aliados do ex-presidente passaram os últimos meses em disputa pelo seu capital político. Até então, líderes do Centrão trabalhavam com outra formação: uma chapa encabeçada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), com Michelle Bolsonaro como vice, vista como mais competitiva e capaz de unificar o eleitorado de direita.
No Palácio do Planalto, essa composição também era considerada a principal alternativa de oposição a Lula, que já confirmou a intenção de buscar a reeleição no próximo ano.
A eventual candidatura de Flávio, porém, foi mal recebida pelo mercado financeiro. A leitura predominante é que essa mudança pode fragmentar a base bolsonarista, aumentar a incerteza e reduzir a previsibilidade do quadro eleitoral.
Após a notícia, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, reverteu o sinal positivo da manhã e passou a operar em forte queda.
A princípio, cogitava-se a candidatura de Tarcísio de Freitas, que, como governador de São Paulo, já contava com uma base eleitoral consolidada e uma projeção favorável
Marcos Praça, diretor de análise da Zero Markets Brasil
Ele destaca que o apoio de Jair Bolsonaro tornaria essa configuração ainda mais competitiva, enquanto a escolha pelo filho muda as expectativas. Para o analista, o movimento pode abrir espaço para disputas internas, dificultar a formação de uma frente unificada contra Lula, criar divisões entre os apoiadores e aumentar a incerteza.
Mesmo com a volatilidade de curto prazo, alguns especialistas seguem otimistas com o desempenho da bolsa no médio prazo. Para Felipe Tavares, economista-chefe da BGC Liquidez, o pano de fundo ainda é considerado favorável, com preços atrativos, ciclo de cortes de juros prestes a começar e expectativa de possível mudança de ciclo político que viabilize uma agenda de reformas.
Ele acrescenta que a próxima “superquarta”, marcada para a semana que vem, pode reforçar esse movimento, sobretudo se a diferença de juros favorecer o câmbio e der novo impulso ao mercado acionário.
Mercados globais atentos à inflação e juros
Em Wall Street, os mercados americanos estão concentrados nos dados de inflação que serão divulgados hoje, já que eles podem confirmar a expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve na semana que vem.
Na abertura, o Dow Jones avançava 0,06%, para 47.879,6 pontos. O S&P 500 subia 0,13%, a 6.866,32 pontos, enquanto o Nasdaq tinha alta de 0,27%, para 23.567,77 pontos.
Na Europa, as bolsas fecharam em direções mistas, acompanhando o otimismo com a possibilidade de cortes de juros nos EUA. Investidores também seguem atentos às negociações para um possível acordo de paz entre Rússia e Ucrânia.
No fechamento, o STOXX 600 avançou 0,01% e o DAX ganhou 0,61%. Já o FTSE 100 recuou 0,45%, e o CAC 40 caiu 0,09%.
As bolsas asiáticas encerraram o pregão em alta, interrompendo uma sequência de quedas na China. O movimento foi impulsionado pelo otimismo em relação a fabricantes locais de chips, em meio às tensões comerciais com os Estados Unidos e às medidas para fortalecer a produção doméstica.
Em Xangai, o índice SSEC subiu 0,70%, para 3.902 pontos, e o CSI300 avançou 0,84%, a 4.584 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng ganhou 0,58%, aos 26.085 pontos.
Em Tóquio, o Nikkei caiu 1,05%, para 50.491 pontos. Em outros mercados da região, o Kospi subiu 1,78%; o Taiex, 0,67%; o Straits Times recuou 0,08%; e o S&P/ASX 200, na Austrália, avançou 0,27%.
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