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Manifestações contra feminicídio levam milhares às ruas em todo o país
Atos em ao menos 20 estados e no DF denunciam escalada de crimes de gênero, cobram políticas de proteção às mulheres e responsabilização de agressores
08/12/2025 às 08:02por Redação Plox
08/12/2025 às 08:02
— por Redação Plox
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Manifestantes saíram às ruas em diversas cidades brasileiras neste domingo (7) em protestos contra o aumento dos casos de feminicídio e de outras formas de violência contra mulheres. Segundo o movimento Levante Mulheres Vivas, houve convocação de atos em pelo menos 20 estados e no Distrito Federal.
Pela legislação brasileira, feminicídio é o homicídio de uma mulher cometido por razões da condição de ser mulher, como em contexto de violência doméstica e familiar, ou motivado por menosprezo ou discriminação de gênero, com pena de reclusão que varia de 20 a 40 anos.
De acordo com o movimento Levante Mulheres Vivas, foram convocados protestos em ao menos 20 estados e no Distrito Federal
Foto: Reprodução / TV Globo.
Em 2025, o Brasil registrou mais de mil casos de feminicídio. Apenas no Distrito Federal, foram 26 mortes neste ano. O caso mais recente ocorreu na sexta-feira (5), quando a cabo do Exército Maria de Lourdes Freire Matos foi assassinada por um soldado dentro de um quartel.
Os atos deste domingo foram impulsionados por uma sequência de crimes que ganharam repercussão nacional, com assassinatos em Brasília, São Paulo e Santa Catarina. Na capital paulista, o protesto reuniu 9,2 mil pessoas, de acordo com levantamento do Monitor do Debate Político do Cebrap em parceria com a USP.
Multidão ocupa a Avenida Paulista em São Paulo
Na capital paulista, milhares de pessoas se concentraram ao meio-dia em frente ao Masp, na Avenida Paulista, em um dos principais atos do dia. Com faixas e cartazes com frases como “Mulheres Vivas”, o grupo caminhou pela região central da cidade, denunciando a escalada da violência de gênero.
O protesto também lembrou dois casos registrados neste domingo na Grande São Paulo: o assassinato da farmacêutica Daniele Guedes Antunes, de 38 anos, em Santo André, e a morte de Milena de Silva Lima, de 27 anos, em Diadema. As duas foram atacadas por ex-companheiros.
De acordo com informações da Polícia Militar e de moradores, Milena, de 27 anos, foi atacada pelo ex-companheiro João Victor de Lima Fernandes, de 30 anos. O casal estava separado havia dois meses e tinha um filho.
Todas merecem dignidade, todas merecem proteção. Tomamos a rua para dizer que nenhuma mulher será esquecida
deputada federal Erika Hilton
Durante o ato, cartazes, intervenções artísticas e falas de movimentos feministas reforçaram denúncias contra a impunidade e cobraram políticas públicas de prevenção, proteção e responsabilização dos agressores.
Manifestações na orla de Copacabana, no Rio
No Rio de Janeiro, centenas de pessoas se reuniram ao meio-dia em frente ao Posto 5, na Avenida Atlântica, em Copacabana, na Zona Sul. Com faixas e cartazes, manifestantes protestaram contra a violência às mulheres e lembraram vítimas de feminicídio no estado.
Segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP), o Rio contabilizou, até novembro de 2025, 79 casos de feminicídio e 242 tentativas. Entre os episódios recentes está o ataque a facadas contra Aline Nascimento, em Irajá, na Zona Norte. Ela contou à polícia que foi agredida pelo ex-companheiro, Emerson William Marcolan Lima.
A vítima possui medida protetiva contra Emerson, que já responde por tentativa de feminicídio. Em outra ocasião, ele teria tentado arremessá-la da janela do apartamento onde morava, no quarto andar, sendo impedido por um vizinho.
Brasília reúne protesto no centro da cidade
No Distrito Federal, o ato ocorreu pela manhã, por volta das 10h, na Torre de TV, área central de Brasília. Dezenas de mulheres levaram cartazes com frases como “pare de nos matar” e denúncias sobre a violência estrutural contra as mulheres, em um protesto marcado pela homenagem às vítimas de feminicídio.
Dados da Secretaria de Segurança Pública do DF apontam 26 casos de feminicídio no Distrito Federal em 2025. O mais recente foi o da cabo do Exército Maria de Lourdes Freire Matos, de 25 anos, morta a facadas por um soldado, que também ateou fogo ao quartel.
Durante a mobilização, organizadores divulgaram informações sobre medidas protetivas e canais de denúncia disponíveis para mulheres em situação de violência, reforçando a importância da busca por apoio institucional.
Caminhada em Florianópolis homenageia professora morta
Em Florianópolis, uma caminhada reuniu mulheres e homens a partir das 13h, na cabeceira da Ponte Hercílio Luz, seguindo até o Terminal de Integração do Centro (Ticen). O trajeto foi marcado por cruzes, faixas e cartazes que pediam o fim dos feminicídios.
O ato homenageou a professora Catarina Kasten, de 31 anos, estuprada e assassinada em uma trilha no dia 21 de novembro. O autor do crime, que confessou, foi preso no mesmo dia e responde por feminicídio qualificado, estupro e ocultação de cadáver.
Com bandeiras e mensagens contra o machismo, manifestantes denunciaram o aumento dos casos em todo o país e exigiram medidas efetivas de enfrentamento à violência de gênero.
Ato em Belo Horizonte integra mobilização nacional
Em Belo Horizonte, manifestantes se concentraram por volta das 11h na Praça Raul Soares, no Centro da capital mineira. A caminhada seguiu pela região central até a Praça Sete e a Praça da Estação, reunindo grupos com cartazes com frases como “basta de feminicídio”, “não me mate” e “pare de matar as mulheres”.
Manifestação contra feminicídios reúne ativistas em BH
Foto: Reprodução / TV Globo
O protesto integrou a mobilização nacional “Mulheres Vivas” e foi organizado por movimentos sociais e coletivos feministas. Segundo as organizadoras, o objetivo foi exigir justiça, denunciar a impunidade e cobrar políticas públicas de combate à violência de gênero.
A intensificação dos atos está relacionada a crimes recentes em diferentes estados, incluindo o assassinato da cabo do Exército em Brasília e outros casos que repercutiram nos últimos dias.
João Pessoa cobra ações públicas contra feminicídio
Em João Pessoa, o protesto ocorreu no Busto de Tamandaré, em Tambaú, reunindo mulheres, homens e famílias. Com cartazes e palavras de ordem, os participantes cobraram ações efetivas do poder público para conter os crimes e proteger mulheres em situação de violência.
Dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública indicam que a Paraíba registrou 26 casos de feminicídio entre janeiro e outubro de 2025, número superior ao total contabilizado em todo o ano de 2024.
Recife leva milhares às ruas pelo fim dos feminicídios
No Recife, milhares de pessoas participaram do ato realizado neste domingo (7) pelo fim do feminicídio e da violência contra as mulheres. De acordo com a organização, cerca de 5 mil manifestantes se reuniram na mobilização.
A concentração começou por volta das 14h, em frente ao Ginásio Pernambucano, na Rua da Aurora. A caminhada teve início às 16h, seguindo pelas ruas do bairro da Boa Vista até o Marco Zero, no Bairro do Recife. Com cartazes, faixas e camisetas, coletivos e movimentos sociais cobraram responsabilização dos agressores.
Entre os casos lembrados estava o assassinato de Isabele Gomes de Macedo, morta junto com os quatro filhos em um incêndio provocado pelo companheiro na comunidade Icauã, na Zona Oeste da capital pernambucana.
Protestos no Piauí usam calçados vazios como símbolo
No Piauí, manifestações contra o feminicídio e a violência contra as mulheres foram realizadas em Teresina e Parnaíba, na tarde deste domingo (7). Na capital, o ato na Praça Pedro II reuniu cerca de 700 pessoas.
Durante a mobilização em Teresina, mulheres prestaram homenagem à estudante Janaína Bezerra, assassinada dentro da Universidade Federal do Piauí (UFPI). Calçados vazios foram expostos como símbolo das vítimas de crimes de violência de gênero.
Em Parnaíba, cerca de 60 manifestantes caminharam pela Avenida São Sebastião até o canteiro central do shopping da cidade. Cartazes com frases como “nossas vidas importam” e “se tocar em uma, respondemos todas” protestaram contra os casos recentes de feminicídio no país.
Campinas cobra prevenção e atendimento especializado
Em Campinas (SP), manifestantes se reuniram na manhã deste domingo (7) em frente à Estação Cultura, no Centro. Após concentração por volta das 9h, o grupo saiu em passeata pela Rua 13 de Maio, principal corredor comercial do município, até a Praça da Catedral Metropolitana, onde o ato foi encerrado.
A manifestação ocorreu um dia após o assassinato a tiros de um casal de 76 e 56 anos no bairro Cidade Singer. O principal suspeito é um homem foragido da Justiça que foi namorado da filha das vítimas.
Em comunicado divulgado antes da mobilização, a organização defendeu ações de prevenção, proteção, resposta institucional e redução da violência contra mulheres e meninas, além da ampliação do atendimento especializado às vítimas.
No Brasil, feminicídio é o assassinato de uma mulher motivado por sua condição de gênero, em contextos como violência doméstica ou familiar, ou por menosprezo e discriminação contra mulheres, com pena de reclusão de 20 a 40 anos
Foto: Reprodução / TV Globo
Como funcionam as medidas protetivas
Mulheres não precisam esperar que ocorra um crime para solicitar uma medida protetiva. Situações como ciúme excessivo, perseguição ou controle de patrimônio já são suficientes para pedir proteção ao Judiciário.
A medida protetiva pode ser solicitada pela Polícia Civil: em qualquer delegacia, em Delegacias da Mulher, pelo site da Delegacia Eletrônica ou pelo número 197. A autoridade policial registra o pedido e o encaminha ao juiz ou juíza, que deve analisar o requerimento em até 48 horas.
Caso a medida protetiva concedida não cesse as agressões ou ameaças, a mulher pode solicitar novas medidas mais adequadas e denunciar o descumprimento. O desrespeito à medida protetiva é crime previsto em lei.
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