Bolsonaro é convidado por Netanyahu para visitar Israel após tensão diplomática

Após recentes tensões diplomáticas entre o Brasil e Israel, o ex-presidente Jair Bolsonaro revelou, em um evento em Salvador, que foi convidado pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a visitar Israel. Este convite é visto como um gesto significativo em meio a um momento de fricção entre os dois países, decorrente de comparações controversas feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a situação na Faixa de Gaza.

Bolsonaro compartilhou que o convite de Netanyahu foi formalizado por meio de uma carta, na qual o primeiro-ministro expressa o desejo de que Bolsonaro conheça a região afetada pelo que ele descreveu como "massacre, covardia e terrorismo" perpetrados pelo Hamas contra Israel. O ex-presidente utilizou termos fortes para referir-se aos ataques, reforçando a narrativa israelense sobre o conflito.

O ponto de inflexão para a crise diplomática entre os países foi uma declaração de Lula, na qual ele comparou as mortes de palestinos na Faixa de Gaza ao Holocausto. Esta comparação provocou uma resposta imediata da diplomacia israelense, que expressou sua indignação e levou o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, a declarar Lula como "persona non grata", exigindo uma retratação.

Apesar das tensões, Jonathan Peled, representante da diplomacia israelense, indicou na última quinta-feira que Israel está aberto a reconstruir as relações com o Brasil, sinalizando uma possível desescalada nas disputas diplomáticas. Lula, por sua vez, suavizou sua retórica, evitando mencionar o Holocausto em declarações subsequentes, mas manteve críticas ao que ele considera um "genocídio" em Gaza, sem oferecer um pedido de desculpas formal.