Menu

Siga o Plox nas Redes Sociais!

Não perca nenhuma notícia que movimenta o Brasil e sua cidade.

É notícia? tá no Plox
Polícia

Ex-marido é apontado como mandante da morte de empresária assassinada por falsos entregadores em GV

Polícia Civil conclui investigação e aponta ex-companheiro como mandante do assassinato de Ingrid Emanuelle em Governador Valadares

09/10/2025 às 11:43 por Redação Plox

A conclusão das investigações da Polícia Civil de Minas Gerais revelou o nome por trás do assassinato da empresária Ingrid Emanuelle Santos, de 34 anos, em setembro deste ano: seu ex-marido. O homem, que também é apontado como chefe de uma organização criminosa, foi indiciado como mandante do crime, classificado como feminicídio premeditado e executado com frieza em Governador Valadares, no Leste de Minas.


Imagem Foto: Redes Sociais

Segundo o delegado Márdio Bento Costa, responsável pela apuração, o homicídio foi encomendado por R$ 80 mil e envolveu quatro pessoas: dois executores, um intermediário e o próprio mandante. Os executores foram capturados em Itumbiara (GO) apenas dois dias após o crime, enquanto tentavam fugir em um ônibus rumo ao Tocantins.


“Dentro dos 10 dias após a prisão em flagrante, conseguimos concluir o inquérito. O indiciamento foi feito com base em depoimentos e provas documentais que apontam claramente o envolvimento dos quatro suspeitos”,declarou o delegado.

Durante coletiva, o delegado regional Luciano Cunha de Lima informou que tanto o mandante quanto o intermediário, ambos moradores do estado do Tocantins, conseguiram fugir antes de serem localizados pela polícia.


Em uma nova fase das investigações, agentes da Polícia Civil, com apoio da Polícia Federal, cumpriram mandados de busca e apreensão em Araguaína (TO), em locais ligados aos dois foragidos. A operação resultou na apreensão de seis celulares e nove HDs de computadores, que agora passarão por perícia técnica.


De acordo com as autoridades, os materiais recolhidos podem ajudar a revelar a extensão das atividades ilícitas do grupo e a ligação com outras operações criminosas fora de Minas Gerais. O mandante já era investigado pela Polícia Federal em Fortaleza, por envolvimento em contrabando, imigração ilegal para a Europa e participação em organização criminosa.


A logística do crime também foi exposta pela polícia. Desde julho, o plano de assassinato vinha sendo articulado. Na ocasião, o intermediário esteve em Governador Valadares junto a um dos executores, com o objetivo de monitorar os hábitos de Ingrid. Posteriormente, entre os dias 27 de agosto e 10 de setembro, os assassinos se hospedaram em um hotel na cidade para acompanhar de perto a rotina da vítima e executar o plano.


No dia do crime, usando disfarces de entregadores, os autores bateram à porta da residência da empresária. Segundo as investigações, o mandante fez contato direto com Ingrid e afirmou que enviaria um lanche – um açaí. Confiando na entrega, ela abriu o portão e acabou sendo surpreendida. As imagens das câmeras de segurança mostram que os criminosos estiveram no local por poucos minutos.


Detalhes da cena do crime indicam o grau de crueldade da ação: Ingrid foi encontrada com as mãos amarradas por fitas de nylon e apresentava dois profundos cortes no pescoço. Havia ainda uma jarra de água próxima ao corpo, o que sugere que ela teria oferecido água aos supostos entregadores antes de ser morta.


Na prisão dos executores, a polícia apreendeu objetos pessoais da vítima, incluindo um pingente pertencente à filha de apenas três anos do casal.


As motivações para o crime, conforme o delegado Márdio Costa, misturam questões pessoais e criminosas. Por um lado, havia disputas em torno da guarda da filha e da partilha de bens. Ingrid, inclusive, havia se mudado para Governador Valadares buscando escapar das ameaças do ex-companheiro. Por outro, a vítima era vista como um obstáculo aos negócios ilícitos liderados por ele, relacionados ao envio ilegal de imigrantes para países europeus, como Portugal e Holanda.


“A incompatibilidade entre o alto padrão de vida do mandante e a ausência de renda lícita reforçou a suspeita de que suas atividades eram criminosas”,apontou o delegado.

O caso, classificado como feminicídio, será julgado pelo Tribunal do Júri de Governador Valadares. Enquanto isso, a Polícia Civil de Minas Gerais, em conjunto com a Polícia Civil do Tocantins e a Polícia Federal, continuará a busca pelos dois foragidos. Caso exista a suspeita de fuga internacional, a difusão vermelha da Interpol poderá ser acionada.


Compartilhar a notícia

Veja também
monlevade.jpg
POLíCIA

Assassinato de PM em Monlevade foi premeditado, afirma PC

Militares foram atraídos ao local do crime com falsa denúncia de ameaça de morte a menor

Casal de brasileiros morre em grave acidente de carro em Portugal
POLíCIA

Casal de brasileiros morre em grave acidente de carro em Portugal

Colisão frontal na rodovia IC2 causa três mortes; vítimas brasileiras estavam a caminho de Coimbra

POLíCIA

Passageira urina em banco de carro de aplicativo em MG

A corrida havia sido solicitada do Bairro Cidade Jardim até o Alto da Serra, quando, ao fim do trajeto, a passageira chamou a motorista de "burra

POLíCIA

Adolescente é morto a tiros em escola do Leste de Minas

Segundo informações recebidas pela PM, a morte do adolescente teria sido motivada por conta de uma disputa entre gangues