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Política
Defesa pede internação de Bolsonaro em hospital de Brasília para nova cirurgia
Advogados alegam quadro persistente de soluços e piora de hérnia inguinal, e voltam a solicitar substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar ao ministro Alexandre de Moraes
10/12/2025 às 08:47por Redação Plox
10/12/2025 às 08:47
— por Redação Plox
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A defesa de Jair Bolsonaro (PL) encaminhou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), um pedido para que o ex-presidente seja internado no hospital DF Star, em Brasília, seguindo recomendações médicas, e passe por nova cirurgia.
Defesa de Jair Bolsonaro solicitou ao STF sua internação e a realização de uma cirurgia
Foto: Ton Molina/STF
Bolsonaro está preso na Superintendência da Polícia Federal, após ter a prisão preventiva decretada por violar medidas cautelares enquanto cumpria prisão domiciliar. Ao mesmo tempo, já iniciou o cumprimento da pena de 27 anos e 3 meses de reclusão pela tentativa de golpe de Estado.
Defesa alega necessidade de cirurgia e quadro de saúde delicado
No pedido ao STF, os advogados afirmam que o ex-presidente precisa ser submetido a procedimento cirúrgico por duas razões principais: o tratamento de um quadro persistente de soluços, apontado como sequela de cirurgias anteriores, e a piora de uma hérnia inguinal unilateral, que também exigiria intervenção.
Segundo o documento protocolado, essas informações teriam sido repassadas pelo médico responsável pelo acompanhamento de Bolsonaro e reforçam a necessidade de internação no hospital privado da capital federal.
Nova tentativa de prisão domiciliar
Na mesma manifestação, a defesa voltou a pedir a substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar. Os advogados sustentam que Bolsonaro não tinha intenção de fugir ao tentar romper a tornozeleira eletrônica, fato apontado por Alexandre de Moraes como fundamento para determinar o retorno imediato do ex-presidente ao regime fechado.
Os representantes do ex-presidente reiteram a versão de que houve uma “confusão mental” provocada pelo uso de medicamentos, argumento que já vinha sendo apresentado por Bolsonaro para explicar o episódio envolvendo o equipamento de monitoramento eletrônico.
Argumento de ausência de dolo e comparação com outros casos
Na petição, os advogados afirmam que os relatos do próprio ex-presidente e a declaração médica anexada ao processo demonstrariam que não houve intenção deliberada de evasão. Eles alegam que o episódio estaria ligado a um evento de natureza médica e farmacológica, e não a uma conduta planejada voltada à fuga.
A defesa sustenta ainda que o estado de saúde de Bolsonaro é frágil e exige acompanhamento médico constante. Com isso, tenta aproximar o caso de decisões anteriores do STF em que réus condenados obtiveram prisão domiciliar em situações que os advogados classificam como “semelhantes e bem menos graves”.
Entre os precedentes citados, a defesa menciona a decisão que beneficiou o ex-presidente Fernando Collor de Mello, em que o desligamento de tornozeleira eletrônica por mais de 36 horas não teria impedido a concessão do regime domiciliar, buscando reforçar o pedido feito agora a favor de Bolsonaro.