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Pais denunciam creche particular por tratar crianças do cartão-creche de forma desigual no DF
Famílias acusam unidade COC de Planaltina de separar entrada, refeição, parquinho e atividades para alunos do programa do GDF; direção nega discriminação e diz que não há qualquer diferença entre os grupos
10/12/2025 às 08:48por Redação Plox
10/12/2025 às 08:48
— por Redação Plox
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Pais de crianças matriculadas em uma creche particular de Planaltina, no Distrito Federal, denunciam que a escola tem dado tratamento desigual a alunos atendidos por meio do cartão-creche do governo, em comparação aos estudantes cujas famílias pagam mensalidade integral.
Segundo os responsáveis, as queixas se concentram no COC de Planaltina, que nega qualquer tipo de discriminação entre as turmas. A unidade atende crianças contempladas pelo programa do GDF, que custeia vagas em instituições privadas credenciadas para alunos de 4 meses a 3 anos e 11 meses que não conseguiram matrícula na rede pública. O valor pago por aluno é de R$ 852,72.
Pais denunciam diferença de tratamento em escola particular de Planaltina
Foto: TV Globo/Reprodução
Pais denunciam discriminação no atendimento em creche de Planaltina
Foto: TV Globo/Reprodução
Mãe acusa creche em Planaltina de tratar crianças de forma desigual
Foto: TV Globo/Reprodução
Escola de Planaltina é acusada de tratar alunos de forma desigual
Foto: TV Globo/Reprodução
Famílias relatam discriminação na rotina escolar
Entre as principais reclamações dos pais está a falta de acesso a itens e espaços oferecidos aos demais alunos. De acordo com eles, a direção da creche se recusa a vender uniforme para crianças atendidas pelo cartão-creche.
Outra crítica é sobre a alimentação. As famílias afirmam que os alunos do programa comem nas salas de aula e não podem almoçar ou lanchar no refeitório, como acontece com os estudantes não bolsistas.
Os responsáveis também apontam a proibição de uso do parquinho para as crianças do cartão-creche e afirmam que há diferenciação até na circulação interna: a entrada desses alunos é feita por uma porta lateral, próxima ao depósito de lixo da escola, enquanto os pagantes usam o acesso principal.
Há ainda relatos de que as turmas do cartão-creche teriam aulas com monitores em vez de professores, além de ficarem de fora de atividades extracurriculares, como judô, balé e futebol.
Os pais dizem ter registrado queixas na Ouvidoria do GDF, na Regional de Ensino e na Secretaria de Educação, mas afirmam que, até o momento, não receberam retorno. Segundo eles, a escola tem cerca de 160 alunos vinculados ao cartão-creche.
Direção nega diferenças entre alunos
À TV Globo, o diretor da escola, Luis Guilherme Duarte, negou todas as acusações de tratamento desigual. Ele afirmou que não há distinção entre estudantes pagantes e os atendidos pelo cartão-creche em relação à entrada, à alimentação ou ao uniforme.
Nós podemos ir na lojinha ali agora, o uniforme está à disposição o tempo inteiro. O pai que quiser comprar, ele pode comprar agora. E se alguém teve essa informação aqui, ela está totalmente equivocada. Não é obrigatório o uniforme. Eu deixo isso claro no berçário
diretor da escola, Luis Guilherme Duarte
Recepção na volta às aulas e exposição de trabalhos
Uma das denúncias protocoladas na Ouvidoria do GDF relata que, na volta às aulas, em 28 de julho, as crianças cujas famílias pagam mensalidade foram recebidas na entrada principal com música e funcionários fantasiados.
Já os alunos do cartão-creche, segundo a queixa, teriam entrado pela porta dos fundos, em uma rotina comum, sem qualquer tipo de recepção especial.
A mãe que registrou a reclamação também aponta diferenças na exposição dos trabalhos das crianças. De acordo com ela, os materiais produzidos pelos alunos pagantes ficam em um corredor amplo, enquanto os trabalhos dos bolsistas seriam colocados em um espaço reduzido e desconfortável.