Enquanto 211 já retornaram, cerca de 2.500 aguardam ação do governo

O governo brasileiro, mediante decisão emergencial, está aumentando os esforços para resgatar os cidadãos brasileiros atualmente em Israel. Fontes dos ministérios da Defesa e das Relações Exteriores confirmaram  que mais aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) serão enviadas para a operação de repatriação.

Situação atual dos brasileiros

De acordo com estimativas do Itamaraty, cerca de 2.500 brasileiros ainda estão em Israel esperando pelo resgate. Dentro desse contingente, 30 a 50 estão na Faixa de Gaza, região que enfrenta o ápice do conflito. O número de voos programados para a operação ainda não está definido, mas fontes afirmam que serão organizados quantos forem necessários para repatriar todos os que desejarem voltar ao Brasil.

O primeiro voo, que transportou 211 cidadãos, já pousou em Brasília. Uma segunda aeronave, proveniente de Tel Aviv, está a caminho do Brasil, com previsão de chegada ao Rio de Janeiro. Outras duas aeronaves estão sendo preparadas: uma atualmente em Roma e a outra com partida prevista da Base Aérea de Brasília.

Preocupação com reféns e situação em Gaza

Há relatos não confirmados de que brasileiros estejam entre os reféns do grupo Hamas em Israel. O porta-voz das Forças de Defesa israelenses, Jonathan Conricus, mencionou a presença de indivíduos com dupla nacionalidade, incluindo brasileiros, entre os sequestrados. No entanto, o embaixador Carlos Sérgio Sobral Duarte, secretário de África e de Oriente Médio do Itamaraty, declarou: "Não temos confirmação de que há reféns com nacionalidade brasileira".

Em relação aos brasileiros na Faixa de Gaza, a repatriação por meio do Egito está sendo considerada. A situação é complexa devido à instabilidade na passagem de Rafah, que conecta Gaza ao Egito, e aos trâmites legais egípcios. No entanto, o secretário de África e Oriente Médio afirmou que estão em diálogo com as autoridades egípcias para facilitar a repatriação.

Além disso, vale ressaltar que entre os brasileiros em Gaza, existem estrangeiros com conexões familiares com o Brasil. Como exemplificado pelo ministro Mares, alguns são filhos de brasileiros ainda não registrados ou parentes diretos de menores de idade brasileiros.