Daniela Teixeira desponta como possível nome para o STF

Nos bastidores da capital federal, o nome da ministra Daniela Teixeira, que atualmente integra o Superior Tribunal de Justiça (STJ), começou a ganhar força como uma das principais apostas para ocupar uma futura vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).

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A movimentação se intensificou após declarações públicas do ministro Luís Roberto Barroso, atual presidente do STF, que deixará a Corte em breve e defendeu que sua sucessão seja ocupada por uma mulher. A fala de Barroso, considerada estratégica, colocou Daniela em destaque no cenário político e jurídico.

Daniela tem trajetória sólida no Direito. Formada pela Universidade de Brasília (UnB), é mestre em direito penal pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), além de possuir especialização em direito econômico pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Sua experiência inclui atuação como conselheira federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entre 2010 e 2012, e como vice-presidente da OAB do Distrito Federal entre 2016 e 2019.

Antes de se tornar ministra, ela construiu uma longa carreira na advocacia, iniciada em 1996. Sua chegada ao STJ se deu em 2023, por indicação direta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com quem mantém uma boa relação. Essa ligação com o chefe do Executivo, somada ao apoio de Barroso, tem impulsionado ainda mais seu nome como forte candidata ao STF.

Outro destaque em sua trajetória é a autoria da Lei Federal 13.363, sancionada em novembro de 2016, que garante às gestantes e lactantes o direito de não serem submetidas a equipamentos de raio-X ao entrarem em fóruns e tribunais.

“Defendo que seja nomeada uma mulher para a próxima vaga no Supremo”, afirmou Barroso em recente discurso

Com a aposentadoria se aproximando, Barroso se despede do Supremo lembrando suas origens e destacando a importância do ensino público em sua formação: “Devo tudo que tenho à escola pública”.

A possível indicação de Daniela ao STF, caso confirmada, representaria mais um passo significativo na presença feminina nas mais altas esferas do Judiciário brasileiro.