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Política

Indicação de Pacheco ao STF embaralha estratégia de Lula em Minas

Cenário político mineiro pode mudar caso senador deixe a disputa pelo governo em 2026

11/10/2025 às 11:46 por Redação Plox

As articulações políticas em Minas Gerais ganharam novos contornos com a possibilidade de o senador Rodrigo Pacheco (PSD) ser indicado para o Supremo Tribunal Federal, ocupando a vaga do ministro Luís Roberto Barroso, que anunciou sua aposentadoria.


Imagem Foto: Presidência

Essa movimentação gera incertezas no campo progressista, especialmente no entorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que contava com Pacheco como nome forte para encabeçar a chapa ao governo mineiro em 2026. Em caso de confirmação da ida do senador à Suprema Corte, o PT terá de reorganizar suas estratégias para formar um palanque competitivo no estado, tradicionalmente decisivo para as eleições nacionais.


A presidente do diretório mineiro do PT, deputada estadual Leninha, adotou cautela sobre o tema e afirmou que o partido só tomará decisões mais concretas após a definição sobre o STF. Ela reconhece o impacto da possível nomeação, mas garantiu que a legenda está dialogando com outras siglas para avaliar cenários futuros.
“Minas conta com inúmeras lideranças importantes que podem nos representar nas eleições”

, afirmou, destacando a prioridade em garantir a reeleição de Lula e fortalecer o partido no Congresso.

Para o deputado federal Rogério Correia (PT), Pacheco ainda é o plano A para o palanque petista, justamente por sua capacidade de transitar entre diferentes forças políticas. Contudo, ele admite que sua indicação ao STF seria positiva para Minas e, nesse caso, o partido teria de explorar alternativas. Correia mencionou nomes como Alexandre Silveira (PSD), cotado para o Senado, mas que poderia disputar o governo estadual. Dentro do PT, surgem possibilidades como a prefeita de Contagem, Marília Campos; a prefeita de Juiz de Fora, Margarida Salomão; a ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo; e a deputada estadual Beatriz Cerqueira.


Apesar disso, fontes do PT indicam que a legenda deve marcar presença na corrida ao governo de Minas, seja com candidatura própria ou por meio de aliança. Entre os nomes ventilados está também o deputado federal Reginaldo Lopes. Contudo, análises internas apontam que o partido teria mais competitividade nas disputas legislativas, o que pode levar a uma composição com forças externas ao PT. Marília e Margarida, por exemplo, já descartaram uma eventual candidatura ao governo.


O nome de Tadeu Martins Leite (MDB), presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, também entrou no radar. Com boa articulação dentro da Casa, ele é bem visto por petistas e poderia ser acolhido como nome viável para o pleito de 2026.


Enquanto isso, quem surge como possível beneficiado com a saída de Pacheco da disputa é o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil. Prestes a se filiar ao PDT, Kalil já manifestou publicamente que, se as pesquisas continuarem favoráveis, entrará na disputa pelo governo do estado. Nas eleições de 2022, ele esteve ao lado de Lula, embora tenha sido derrotado ainda no primeiro turno pelo atual governador Romeu Zema (Novo).


Em julho, ao ser questionado em entrevista sobre seu principal adversário para 2026, Kalil citou o senador Cleitinho (Republicanos), que aparece bem posicionado nas pesquisas. Quando perguntado se cogitaria retornar à prefeitura da capital mineira, respondeu de forma sugestiva:
“Não vai dar. Eu vou estar ocupado”

, em possível alusão à campanha para o governo do estado.

A aproximação de Kalil com o PDT, partido que integra a base de Lula no Congresso, também levanta dúvidas sobre uma eventual composição com o petismo, apesar das declarações anteriores do ex-prefeito sobre não repetir alianças passadas.


No fim de agosto, Lula chegou a comentar sobre a possibilidade de indicar Pacheco ao STF em entrevista concedida ao jornal O TEMPO, reforçando que a movimentação está, de fato, em análise.


A definição sobre o futuro de Pacheco será determinante para os rumos eleitorais em Minas, podendo reconfigurar alianças, candidaturas e estratégias no estado que costuma ser considerado o fiel da balança nas eleições presidenciais.


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