Menu

Siga o Plox nas Redes Sociais!

Não perca nenhuma notícia que movimenta o Brasil e sua cidade.

É notícia? tá no Plox
Educação

Lei de Cotas: entenda as mudanças aprovadas na Câmara

Projeto de lei segue para avaliação no Senado

12/08/2023 às 16:59 por Redação Plox

Nesta semana, foi aprovado na Câmara dos Deputados o projeto de lei com a revisão da Lei de Cotas, que garante a reserva de vagas nas universidades e institutos federais para estudantes negros, pardos, indígenas, com deficiência e de baixa renda da escola pública. O projeto de lei nº 5384/20 segue para avaliação do Senado Federal.

A Lei 12.711/12, que criou o sistema de cotas, já previa a reformulação da política após dez anos de implantação, o que deveria ter ocorrido em 2022. 

Estudantes do ensino superior. Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil.

 

 

Veja as mudanças previstas no projeto de lei:

Redução da renda  

Metade das vagas reservadas aos cotistas será destinada aos estudantes com renda familiar de até um salário mínimo (R$ 1.320) por pessoa. Atualmente, a renda familiar exigida é de um salário mínimo e meio per capita.

Quilombolas

Está prevista a inclusão de estudantes quilombolas nas cotas das universidades e institutos federais de ensino. Até o momento, os alunos beneficiados são negros, pardos, indígenas, com deficiência e de baixa renda da rede pública. 

Preenchimento das cotas

O projeto traz um novo critério para o preenchimento das cotas. Primeiro, os candidatos cotistas vão concorrer às vagas da ampla concorrência. Se a nota não for suficiente para ingressar por meio desta modalidade, irão concorrer às vagas destinadas aos seus subgrupos (pretos, pardos, indígenas, quilombolas, pessoas com deficiência e alunos da escola pública). Com isso, os cotistas terão mais de uma opção para entrar no curso universitário. 

Auxílio estudantil

Os estudantes que optarem pelas cotas terão prioridade para receber bolsa de permanência e outro tipo de auxílio estudantil.

Pós-graduação

Pelo projeto de lei, as instituições deverão promover ações afirmativas para inclusão de negros, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência nos programas de pós-graduação. O projeto não define qual política deve ser adotada, dando autonomia às entidades. De acordo com o Ministério da Igualdade Racial, até dezembro de 2021, mais da metade dos programas de pós-graduação das universidades públicas tinham algum tipo de ação afirmativa no processo seletivo. 

Revisão

A cada dez anos, a política de cotas deverá passar uma avaliação, com monitoramento anual.

Para o Ministério da Igualdade Racial, que atuou para a aprovação do PL, a previsão de ações afirmativas nos programas de pós-graduação é um avanço.

"A inclusão da pós-graduação é um avanço significativo, especialmente porque a redação não prevê necessariamente a modalidade de cotas. O projeto de lei reconhece a autonomia inerente aos programas de pós-graduação e estabelece como regra a proposta de ações afirmativas com flexibilidade para que cada programa possa propor e executar suas políticas afirmativas de maneira a atender às suas especificidades e às diferenças em seus processos seletivos”, destaca a diretora de Políticas de Ações Afirmativas do ministério, Anna Venturini.

A diretora da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB) e relatora da política de cotas raciais na instituição em 2003, Dione Moura, avalia que a renovação das cotas é necessária no país, porém não se pode perder de vista que é uma política temporária. 

“A universidade é a metade do caminho para formação de pessoal qualificado para o mercado de trabalho. Esse trajeto começa com cinco anos de idade, quando precisa ter creche. Depois, tem que ter pré-escola, ensino fundamental, médio para chegar na universidade. Nesse percurso, estamos perdendo crianças e jovens.  A questão que impressiona e deixa a gente com a necessidade contundente de clamar, de reivindicar e destacar que a política de cotas é uma ação regulatória provisória. Permanente é a educação para todos”, disse a pesquisadora e pioneira na implantação de políticas afirmativas no ensino superior do país. 

O que diz a lei hoje

Sancionada em agosto de 2012, a Lei 12.711 estabeleceu reserva de 50% das matrículas nas universidades federais e institutos federais de ensino a alunos que cursaram o ensino médio em escolas públicas. A outra metade continua com a ampla concorrência. 

Dentro das cotas, metade é para estudantes de escolas públicas com renda familiar igual ou inferior a um salário mínimo e meio por pessoa. Os 50% restantes para alunos da rede pública com renda familiar acima desse valor. Nas duas situações, há reserva de vagas para autodeclarados pretos, pardos e indígenas a partir da proporção desses grupos na população total da unidade da Federação onde a instituição está localizada, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 

Em 2017, as pessoas com deficiência passaram a ter também acesso às cotas, com base na proporcionalidade da população do estado e Distrito Federal. 

Compartilhar a notícia

Veja também
corpo_35487_CartaodeVacina290615Sesa.jpg
EDUCAçãO

Volta às aulas: as vacinas do seu filho estão atualizadas?

EDUCAçãO

Educadores apoiam possível restrição ao uso de celulares nas escolas

A medida busca diminuir impactos no aprendizado e saúde mental de estudantes e professores

EDUCAçãO

Sistema Faemg Senar abre inscrições para cursos gratuitos em Ipatinga

Ao todo, serão promovidos 47 cursos gratuitos distribuídos em 29 municípios, com foco em capacitar trabalhadores do campo em várias áreas

Faculdade pública cria plataforma gratuita que revoluciona ensino da imunologia
EDUCAçãO

Faculdade pública cria plataforma gratuita que revoluciona ensino da imunologia

ImunoVerso, lançado pela UFU, traz conteúdos interativos sobre o sistema imunológico e já melhora desempenho de alunos da saúde

para você
Foto: Marcello Casal/Agência Brasil
SAúDE

Conitec avalia inclusão de novo medicamento para câncer infantil no SUS

Betadinutuximabe Pode Ser Novidade no Tratamento de Neuroblastoma no Sistema Público

mulher
LAZER

Conheça o filtro do TikTok que 'faz' harmonização facial

Bold Glamour simula preenchimento da sobrancelha, reforço dos cílios, afinamento do nariz, deixando a ponta mais elevada, projeção de mandíbula e queixo, aumento dos lábios e outras alterações

Fátima Bernardes
FAMOSOS

Fátima Bernardes terá seu salário reduzido com saída do Encontro, diz colunista

A jornalista estará a frente do The Voice Brasil no próximo ano

Bradesco avalia impactos da Lei Magnitsky após sanção a Moraes
POLíTICA

Bradesco avalia impactos da Lei Magnitsky após sanção a Moraes

CEO da instituição afirma que banco cumprirá determinações legais dos EUA e aguarda pareceres jurídicos