Carlos Bolsonaro critica Mauro Cid após condenações no STF

O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) utilizou as redes sociais nesta sexta-feira (12) para criticar o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência da República, após as condenações proferidas pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) no caso da tentativa de golpe de Estado.

Foto: Agência Senado/Câmara Municipal do Rio de Janeiro/Divulgação

“Parabéns pelo que fez na história brasileira, Mauro Cid!”, escreveu Carlos em sua conta na plataforma X. A publicação foi fixada no topo de seu perfil, indicando a relevância da declaração no contexto político atual.

Na última quinta-feira (11), o STF condenou os oito integrantes do chamado “núcleo crucial” da trama golpista. Entre eles, está o ex-presidente Jair Bolsonaro, sentenciado a 27 anos e 3 meses de prisão em regime inicial fechado, acusado de liderar uma organização criminosa.

Mauro Cid, por sua vez, foi condenado a dois anos de prisão em regime aberto. A pena mais branda se deve ao acordo de delação premiada firmado com a Polícia Federal, homologado pelos ministros da Corte. O tenente-coronel colaborou nas investigações e apresentou provas contra os demais envolvidos.

Confira as penas definidas pelo STF para os oito réus:

– Jair Bolsonaro (ex-presidente): 27 anos e 3 meses em regime fechado;

– Walter Braga Netto (ex-ministro): 26 anos em regime fechado;

– Anderson Torres (ex-ministro da Justiça): 24 anos em regime fechado;

– Almir Garnier (ex-comandante da Marinha): 24 anos em regime fechado;

– Augusto Heleno (ex-GSI): 21 anos em regime fechado;

– Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa): 19 anos em regime fechado;

– Alexandre Ramagem (deputado federal): 16 anos, 1 mês e 15 dias em regime fechado;

– Mauro Cid (delator): 2 anos em regime aberto.

O comentário de Carlos Bolsonaro destaca o impacto da colaboração de Cid nas condenações, incluindo a de seu pai, Jair Bolsonaro. O vereador tem sido apontado como possível candidato ao Senado por Santa Catarina nas eleições de 2026, o que exigiria a transferência de seu domicílio eleitoral.

A manifestação ocorre em meio à repercussão nacional das sentenças e da atuação dos ex-integrantes do governo federal no suposto plano golpista. A condenação marca um dos desfechos mais relevantes do julgamento de 8 de janeiro de 2023, data dos ataques aos Três Poderes em Brasília.