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Polícia

Universitária é presa acusada de matar quatro pessoas envenenadas

A promotoria tornou a aluna ré por mortes ocorridas entre janeiro e maio; irmã gêmea e filha de uma vítima também foram detidas sob suspeita de participação

12/10/2025 às 16:44 por Redação Plox

A prisão preventiva que recaiu sobre uma estudante de direito transformou em investigação um conjunto de mortes ocorridas entre janeiro e maio deste ano, segundo a Promotoria. A acusada, identificada como Ana Paula Veloso Fernandes, de 35 anos, foi apontada pelo Ministério Público como responsável por ao menos quatro mortes possivelmente por envenenamento.


Imagem Ana Paula Veloso Fernandes é acusada de quatro homicídios — Foto: Reprodução

A apuração indica que as vítimas foram um homem e uma mulher em Guarulhos — Marcelo Hari Fonseca e Maria Aparecida Rodrigues —, um aposentado em Duque de Caxias, Neil Corrêa da Silva, e um jovem tunisiano em São Paulo, Hayder Mhazres. Para o MP, a estudante teria agido com diferentes pretextos para se aproximar das pessoas: amizade, interesse amoroso ou relações locatícias.


Imagem Neil, vítima de envenenamento no Rio de Janeiro — Foto: Reprodução

Segundo a Promotoria, exames toxicológicos ainda são esperados para confirmar o tipo de veneno usado. Pelo menos três dos quatro corpos devem ser exumados para permitir análises complementares, conforme detalharam os investigadores.


Imagem Marcelo Hari Fonseca foi assassinado por Ana Paula, segundo as investigações — Foto: Reprodução

O caso ganhou novo impulso quando as polícias de São Paulo e do Rio realizaram uma operação que levou à detenção de duas outras mulheres apontadas como colaboradoras: a irmã gêmea de Ana Paula, Roberta Cristina Veloso Fernandes, 35 anos, e Michelle Paiva da Silva, 43 anos — esta última suspeita de ter contratado a estudante para envenenar o próprio pai.


Imagem De acordo com o MP, Maria Aparecida Rodrigues foi morta por Ana Paula — Foto: Reprodução

De acordo com a investigação, Michelle teria pago R$ 4 mil para que Ana Paula viajasse de Guarulhos até Duque de Caxias e envenenasse a feijoada do aposentado Neil, que morreu em 26 de abril. A promotoria afirmou que a estudante e a filha da vítima eram amigas na faculdade. Em testes, a investigação aponta que Ana Paula teria matado dez cães para verificar a eficácia do veneno, segundo os autos.


Imagem Segundo a polícia, Hayder Mhazres era da Tunísia e foi morto por Ana Paula ;  ele tinha 21 anos. ele — Foto: Reprodução

Mensagens apreendidas entre as irmãs mostram o uso da sigla "TCC" como código para tratar do pagamento acertado por Michelle — uma falsa referência a Trabalho de Conclusão de Curso, usada para cobrar a quantia destinada ao crime, afirmam os investigadores. Reaberturas de inquéritos e cruzamentos de informações entre delegacias levaram os promotores a conectar Ana Paula a outros três casos além do de Duque de Caxias.


A trajetória processual inclui a primeira prisão de Ana Paula em 9 de julho, quando, segundo a polícia, ela teria confessado a tentativa de envenenar colegas com um bolo na universidade em Guarulhos — ato que declarou ter praticado para incriminar a esposa de um policial com quem mantinha relacionamento extraconjugal. Em setembro, a Justiça decretou a prisão preventiva pela suspeita de participação nas quatro mortes.


Em nota e em documentos da acusação, o Ministério Público sustenta que medidas alternativas em meio aberto seriam insuficientes para o caso: "Insuficientes, ademais, medidas cautelares alternativas em meio aberto, não só porque desprovidas de qualquer fiscalização efetiva, mas também porque absolutamente inadequadas e imprestáveis para conter a situação em comento, em especial para quem revela ser uma assassina em série", registra a peça acusatória.


Ana Paula Veloso... ela foi até a nossa delegacia por conta de um evento de um suposto bolo envenenado dentro de uma faculdade. Ela colocou esse bolo envenenado supostamente para tentar incriminar uma terceira pessoa. Através desse inquérito, a gente chegou à conclusão que Ana Paula Veloso não era vítima nesse caso, mas sim uma 'serial killer", declarou o delegado Halisson Ideiao Leite, do 1º Distrito Policial de Guarulhos.

A investigação detalha os episódios em cada local: Marcelo Hari Fonseca, de 51 anos, teve o corpo encontrado em seu imóvel em avançado estado de putrefação — a estudante e a irmã, que alugavam um cômodo nos fundos, chegaram a acionar a Polícia Militar. O inquérito sobre a morte de Marcelo havia sido arquivado por falta de provas, mas foi reaberto após novas diligências que apontaram indícios de envenenamento.


Em 11 de abril, Maria Aparecida teria passado mal após tomar café e bolo na casa onde Ana Paula e a irmã viviam; a filha da vítima disse à polícia que a estudante havia se apresentado com outro nome quando procurou a mãe. Já em São Paulo, a morte de Hayder Mhazres, um tunisiano de 21 anos, está sob suspeita de intoxicação — o corpo foi levado para a Tunísia e não chegou a ser periciado no Brasil, mas para os investigadores há indícios de envenenamento; familiares afirmaram aos policiais que Ana Paula dizia estar grávida do rapaz e chegou a pedir dinheiro à família.


O caso segue sob a responsabilidade dos promotores Rodrigo Merli Antunes e Vania Caceres Stefanoni, que apresentaram a denúncia com base nos elementos reunidos até aqui. As investigações continuam em ambos os estados, com intercâmbio de informações entre as equipes policiais do Rio e de São Paulo, e novas diligências podem ser adotadas conforme os resultados dos exames forem divulgados.


Finalizada a montagem dos autos até agora, o processo judicial prossegue com a análise das provas técnicas e com a instrução das acusações, no curso da qual as três detidas terão suas participações examinadas à luz dos laudos e dos demais elementos colhidos pela polícia.


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