A ex-deputada Joice Hasselmann usou as redes sociais, nesta quinta-feira (11), para ironizar a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), que deve perder o mandato após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
No registro publicado, Joice aparece sorrindo e segurando uma taça enquanto escreve a frase “Tchau, querida”, em referência direta ao futuro político de Zambelli após a decisão do magistrado.
Ex-deputada celebra decisão do Moraes contra Carla Zambelli (
Foto: Reprodução / Redes Sociais)
Além da foto, Joice divulgou um vídeo em que comenta os desdobramentos do caso envolvendo a parlamentar e a intervenção do STF na votação da Câmara dos Deputados que tentou barrar a cassação.
No vídeo, Joice afirma que Alexandre de Moraes “colocou ordem na bodega”, em alusão à decisão do ministro de anular a votação na Câmara que pretendia rejeitar a perda de mandato de Carla Zambelli.
Na legenda da publicação, a ex-deputada acusa aliados da parlamentar de atuarem para impedir a cassação e faz menção ao processo criminal que levou à condenação de Zambelli no STF.
Ao comentar a decisão, Alexandre de Moraes classificou a movimentação na Câmara como uma “clara violação” à Constituição Federal e determinou que o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), dê posse ao suplente de Zambelli em até 48 horas.
As críticas de Joice também atingiram diretamente o comando da Câmara. A ex-deputada atacou Hugo Motta, dizendo que ele não demonstra firmeza na condução da Casa e que é alvo de desaprovação em diferentes espectros políticos.
A votação que tentou barrar a cassação de Zambelli ocorreu na quarta-feira (10). O plenário registrou 227 votos para rejeitar a perda do mandato, número abaixo dos 257 necessários para formar maioria entre os 513 deputados.
A tendência é que a perda do mandato se dê de forma automática, em razão do julgamento no STF, que condenou a deputada a 10 anos de prisão. Em junho, o processo transitou em julgado, o que impede novos recursos contra a decisão.
O caso tem origem na acusação de que Zambelli teria comandado uma invasão a sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), episódio que sustentou a ação penal no Supremo.
Mesmo diante da condenação, a Câmara decidiu votar pela rejeição da cassação, movimento que acabou sendo anulado por Moraes. O ministro enquadrou a deliberação como incompatível com a Constituição e com princípios que regem a administração pública.
Na decisão, Moraes considerou que a atuação da Câmara afrontou princípios como legalidade, moralidade e impessoalidade, além de configurar desvio de finalidade ao tentar preservar o mandato de uma parlamentar já condenada pelo STF.
