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Saúde

Resistência a antibióticos causou a morte de mais de 3 milhões de crianças no mundo

Estudo revela impactos devastadores da resistência antimicrobiana em crianças, com mais de 2 milhões de mortes ligadas a antibióticos de uso restrito

13/04/2025 às 13:15 por Redação Plox

Um levantamento global divulgado durante o evento ESCMID Global 2025 trouxe à tona uma realidade alarmante: mais de 3 milhões de crianças morreram, em 2022, vítimas de infecções relacionadas à resistência a antimicrobianos (RAM).


Imagem Foto:Gutemberg Brito/IOC/Fiocruz

Segundo o estudo, as regiões do Sudeste Asiático e da África concentraram a maior parte dessas mortes, com mais de 752 mil e 659 mil óbitos infantis respectivamente. Essas fatalidades foram atribuídas, em grande parte, ao uso inadequado de antibióticos classificados como Watch e Reserve — medicamentos que devem ser reservados para casos específicos e graves, devido ao alto risco de desenvolvimento de resistência.


Os antibióticos da categoria Watch, que apresentam maior risco de gerar resistência, viram seu uso aumentar 160% no Sudeste Asiático e 126% na África entre 2019 e 2021. Já os da classe Reserve, considerados última opção em tratamentos contra infecções multirresistentes, tiveram um crescimento de uso de 45% no Sudeste Asiático e 125% na África no mesmo período.


O professor Joseph Harwell, um dos autores da pesquisa, destacou que mais de 2 milhões das mortes infantis registradas globalmente estão associadas diretamente ao uso desses medicamentos. Ele alertou para o risco crescente de ficarmos sem alternativas terapêuticas caso as bactérias se tornem resistentes a esses antibióticos de última linha. "O aumento no uso desses antibióticos, especialmente sem supervisão adequada, pode limitar seriamente as opções futuras de tratamento", afirmou.


Diversos fatores agravam a situação da RAM em países de baixa e média renda, entre eles a superlotação hospitalar, infraestrutura de saneamento deficiente e falhas nas medidas de prevenção de infecções. Esses contextos favorecem a proliferação de patógenos resistentes, tanto em ambientes hospitalares quanto nas comunidades.


O estudo também reforça que o acesso das crianças a novas formulações de antibióticos costuma ser mais limitado devido à demora no desenvolvimento de medicamentos adaptados a esse público. "As taxas de mortalidade, já elevadas, podem aumentar ainda mais se não houver uma ação coordenada e urgente para enfrentar esse problema em nível regional e global", concluiu Harwell.


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