Jerusalém em alerta após ataques e sirenes por disparos do Iêmen

Na manhã desta sexta-feira (13), moradores de Jerusalém foram surpreendidos por sirenes de emergência em diversas regiões da cidade, com ordens do governo israelense para que a população buscasse abrigo imediato em locais seguros.

Foto: Reprodução

O motivo foi o lançamento de projéteis a partir do Iêmen, segundo informações das Forças de Defesa de Israel (FDI). A medida faz parte de uma escalada de tensão no Oriente Médio, iniciada após um ataque aéreo israelense contra o Irã, classificado como “preventivo”, que resultou na morte de mais de 70 pessoas, incluindo importantes nomes das Forças Armadas e da ciência iraniana.

Foto: Reprodução

Em resposta ao alerta de possíveis novos ataques, o Exército israelense solicitou que a população evitasse áreas públicas e cancelasse reuniões coletivas, mantendo-se próxima de espaços protegidos. Segundo o correspondente Michel Gawendo, a orientação é para que todos permaneçam nesses locais até o recebimento de nova atualização oficial. Mais cedo, a Marinha israelense interceptou drones lançados a partir do Irã, utilizando barcos equipados com mísseis.

Ainda durante a madrugada, enquanto se aguardava uma retaliação iraniana, Israel decretou estado de emergência total, suspendeu atividades públicas e fechou o espaço aéreo. A resposta veio poucas horas depois: bombardeios atingiram a capital Teerã e áreas ao redor, como Shahriar, Malard, Chitgar e Pakdasht, segundo agências locais como IRNA e Mehr.

Em meio aos bombardeios, políticos brasileiros, incluindo o prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião, foram acordados por sirenes e precisaram se abrigar em bunkers. As explosões deixaram 78 mortos e 329 feridos, de acordo com a agência iraniana Nournews. Entre as vítimas confirmadas estão o comandante da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, o chefe das Forças Armadas, Mohammad Bagheri, e dois cientistas nucleares.

A reação do Irã foi imediata: o governo considerou os ataques uma “declaração de guerra” e pediu intervenção do Conselho de Segurança da ONU. Em meio ao caos, ambos os países mantiveram seus espaços aéreos fechados. Israel justificou os bombardeios como ações defensivas, motivadas por alertas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre uma possível ofensiva iraniana envolvendo instalações nucleares. Trump, inclusive, voltou a pressionar o Irã sobre o acordo nuclear na mesma sexta-feira.

As imagens do ataque, divulgadas pelas autoridades israelenses, mostram mísseis atingindo veículos militares e estruturas sensíveis no território iraniano, intensificando o clima de insegurança na região.