Dois indivíduos foram detidos em Goiás, acusados de se passar por diretores de instituições financeiras, incluindo o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), para aplicar golpes em fazendeiros e empresários, resultando em prejuízos estimados em mais de R$ 9 milhões. A ação, considerada altamente sofisticada pela Polícia Civil de Goiás, envolvia reuniões em locais luxuosos, simulando ambientes de eventos corporativos, para oferecer falsos empréstimos milionários sob a condição de receberem comissões.
Os criminosos, Gilberto Rodrigues de Oliveira, 54 anos, e Girlandio Pereira Chaves, 49 anos, foram capturados em Goiânia pela equipe do Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes da Polícia Civil local. Um terceiro suspeito, Luciano Oliveira Gomes, de 49 anos, ainda está foragido. As investigações revelaram a existência de pelo menos sete vítimas diretas, com prejuízos que somam mais de R$ 4,7 milhões, embora a polícia acredite que o número de afetados em todo o país seja significativamente maior.
O escândalo veio à tona após o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, reportar as fraudes ao então ministro da Justiça, Flávio Dino, em maio. A investigação iniciou-se em dezembro, após uma procuradora aposentada do Tribunal de Contas do Estado do Tocantins ter sido enganada ao solicitar um empréstimo de R$ 15 milhões, resultando em um prejuízo de R$ 1 milhão e recebendo dólares falsos como garantia do valor solicitado.
Os suspeitos, que atuavam desde 2004, segundo as suspeitas da polícia, foram detidos por estelionato e associação criminosa. Com antecedentes criminais variados, os envolvidos já eram procurados por fraudes semelhantes em outras regiões, incluindo o Distrito Federal, onde são acusados de desviar R$ 3,2 milhões.
A Polícia Civil de Goiás continua em busca de mais informações e vítimas, divulgando fotos e nomes dos acusados para incentivar denúncias adicionais e avançar na investigação deste complexo esquema de fraude.