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A nimesulida, um dos anti-inflamatórios mais populares no Brasil, ocupa a terceira posição entre os remédios mais vendidos no país, ficando atrás apenas da losartana e da metformina. No entanto, apesar de seu amplo uso para alívio da dor, febre e inflamação, o medicamento está proibido em diversos países devido ao risco de efeitos adversos graves, principalmente danos ao fígado.
De acordo com dados da consultoria Close-Up International, mais de 102 milhões de caixas de nimesulida foram comercializadas no Brasil em 2024, movimentando mais de R$ 891 milhões. No entanto, sua popularidade nacional contrasta com a realidade internacional, já que o medicamento não foi aprovado no Reino Unido e foi retirado do mercado em países como Estados Unidos, Canadá, Japão, Espanha e Irlanda.
O caso da Irlanda, em particular, chamou atenção global. Em 2007, o Conselho Irlandês de Medicamentos suspendeu a venda do fármaco após relatos de falência hepática fulminante e necessidade de transplantes de fígado em pacientes que utilizaram a substância. O episódio levou a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) a investigar a questão, resultando na restrição do uso da nimesulida para casos específicos, como dor aguda e cólicas menstruais, e apenas como segunda opção terapêutica.
A bioquímica Laura Marise, doutora em Biociências e Biotecnologia pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), explica que a nimesulida pertence à classe dos anti-inflamatórios não esteroidais. Seu mecanismo de ação consiste em inibir a enzima ciclooxigenase (COX), reduzindo a produção de prostaglandinas, substâncias responsáveis pela dor, inflamação e febre.
No Brasil, o medicamento é indicado para o tratamento de diversas condições inflamatórias e dolorosas. No entanto, especialistas alertam que seu uso precisa ser controlado, pois o excesso pode levar a complicações graves.
O hepatologista Raymundo Paraná, professor titular da Universidade Federal da Bahia, afirma que o uso excessivo de anti-inflamatórios no Brasil preocupa, especialmente porque muitos pacientes recorrem a esses medicamentos sem necessidade, quando alternativas mais seguras poderiam ser utilizadas.
Segundo Paraná, a nimesulida pode causar gastrite, úlceras, hemorragias, aumentar o risco de doenças cardiovasculares e agravar quadros de insuficiência renal. O fígado, no entanto, é o órgão mais afetado pelo uso prolongado do medicamento.
Uma pesquisa recente conduzida por um grupo de especialistas da América Latina identificou 468 casos de lesões hepáticas induzidas por medicamentos na região ao longo dos últimos dez anos. Entre os principais responsáveis pelos danos estavam os remédios para tuberculose, a nimesulida e alguns suplementos fitoterápicos.
A bula do medicamento no Brasil já alerta para diversas contraindicações. O uso não é recomendado para menores de 12 anos, gestantes, idosos e pacientes com doenças hepáticas, renais ou cardiovasculares. Entre os efeitos adversos mais comuns estão diarreia, náusea e vômito. Já entre os mais graves estão reações alérgicas severas, alterações na pressão arterial, anemia e danos ao fígado.
Para minimizar os riscos, especialistas recomendam que a nimesulida seja usada apenas sob prescrição médica e pelo menor período possível. O tempo máximo de tratamento recomendado geralmente não ultrapassa cinco dias, com uma dose de 100 mg duas vezes ao dia.
Além disso, o medicamento não deve ser combinado com outras substâncias sem orientação médica, pois algumas combinações podem intensificar os danos ao fígado. O consumo de álcool também deve ser evitado durante o uso da nimesulida.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforça que a nimesulida é um medicamento sujeito à prescrição médica e destaca que reações hepáticas adversas podem ocorrer mesmo após um curto período de uso.
O hepatologista Raymundo Paraná defende que o Brasil adote normas mais rígidas para a venda de anti-inflamatórios, como a exigência de receita médica e o controle da quantidade comercializada. "Precisamos conscientizar tanto os médicos quanto os pacientes sobre os riscos do uso indiscriminado desses remédios", ressalta.
Para a bioquímica Laura Marise, é fundamental que as pessoas entendam as causas da dor antes de recorrer a medicamentos. "Anti-inflamatórios aliviam os sintomas, mas não tratam a origem do problema. O ideal é buscar orientação médica para um diagnóstico preciso", afirma.
No Brasil, apesar das advertências, a nimesulida continua sendo amplamente utilizada, reforçando a necessidade de maior conscientização sobre os riscos do uso prolongado e indiscriminado desse medicamento.
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