"Salão de Baile" ilumina a cultura ballroom do Rio em prestigiado festival dinamarquês

No coração da Baía de Guanabara, o documentário “Salão de Baile” retrata a vibrante cena ballroom do Rio de Janeiro, destacando-se por sua seleção no renomado Festival Internacional de Documentários de Copenhague, o CPH:DOX. Direcionado por Vitã e Juru, o filme é um olhar íntimo sobre a comunidade preta LGBTQIAPN+ carioca, enfatizando as nuances da cultura ballroom originada em Nova York nos anos 70. Sua estreia está marcada para o dia 14 de março, com reexibições programadas, integrando a mostra “Song & Vision”.

Inspiração e Concepção A gênese de "Salão de Baile" reside na experiência pessoal de seus criadores com a cena ballroom. Vitã e Juru, através de sua vivência nas balls desde 2019, foram cativados pela complexidade e energia dessa cultura. "A Ballroom tem essa coisa muito instigante de você nunca entender completamente o que está acontecendo", compartilha a diretora. O filme nasce deste fascínio e das conexões formadas, documentando a riqueza de encontros e performances que definem o movimento.

Vibração e Participação Juru, co-diretor e jornalista com formação em dança, descreve sua atração inicial pela cena através da potência dos bailes e o envolvimento com a dança vogue. A participação ativa e a energia coletiva nos eventos ballroom reforçam a importância das performances, da música e do chant, configurando uma experiência imersiva e transformadora.

Características do Ballroom Carioca O documentário ressalta os elementos distintos da cena ballroom no Rio, como sua conexão com a cultura afrodiaspórica, a música funk e o carnaval. Vitã destaca a incorporação de temas locais e a politização crescente do movimento, enfatizando o protagonismo das pessoas pretas e a expressão de questões locais.

Conexões com Minas Gerais "Salão de Baile" também acena para as ligações entre as cenas ballroom do Rio e de Minas Gerais, evidenciadas pela influência do Trio Lipstick de Belo Horizonte.