Lula critica alta no preço dos ovos e fala em 'ladrão' por trás do aumento

Durante um evento realizado nesta sexta-feira (14) em Sorocaba, no interior de São Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou o aumento do preço dos ovos e afirmou que pretende descobrir a razão do encarecimento do alimento.

Foto: Presidência

O presidente questionou as justificativas dadas para a alta no valor do produto e mencionou que existe um 'ladrão' interferindo no direito dos brasileiros de consumir ovos. Lula destacou que, apesar de alguns apontarem fatores como a exportação e o câmbio, a quantidade enviada para fora do país não justificaria a disparada nos preços.

— Alguns dizem para mim: é porque aumentou exportação, porque o dólar está caro. Não. Tudo bem que o cara que vai exportar vai ganhar mais. Mas o que ficou aqui, não tem que subir de preço. Nós só exportamos 0,9%. É menos de 1% dos 59 bilhões de ovos. Por que subiu o ovo? — declarou.

Lula também ironizou uma das explicações dadas para a alta nos preços, relacionada ao calor intenso, que afetaria a produção das galinhas. Segundo ele, as condições climáticas recentes não justificariam essa elevação.

— Ah, porque fez muito calor e a galinha diminui os ovos quando ela tem muito calor. É mentira. Porque calor fez ano passado. No final do ano agora choveu bem, o tempo ficou muito melhor. Então as galinhas não reclamaram. Alguém está sacaneando as galinhas. Nós queremos encontrar quem é o pilantra que aumentou o ovo tanto. Não é possível, gente — disse.

O presidente ainda ressaltou que o consumo médio de ovos no Brasil é de cerca de 260 unidades por pessoa ao ano, o que considera um número baixo, e reforçou que a produção nacional prevista para 2025 será de aproximadamente 59 bilhões de ovos. Diante desses números, ele reiterou sua indignação com o aumento no preço do alimento.

— Então não tem explicação esse ovo estar caro. Alguém está passando a mão. E nós queremos saber quem é — concluiu.

O evento em Sorocaba também contou com a entrega de 789 ambulâncias do Serviço Móvel de Urgência (Samu) para mais de 500 municípios brasileiros.