Menu

Siga o Plox nas Redes Sociais!

Não perca nenhuma notícia que movimenta o Brasil e sua cidade.

É notícia? tá no Plox
Economia

Novo consignado privado promete juros menores e redução da inadimplência

Presidente da Febraban afirma que bancos têm interesse em oferecer crédito mais acessível e descarta risco de juros abusivos

14/03/2025 às 16:52 por Redação Plox

O lançamento do novo consignado privado, batizado de 'Crédito do Trabalhador', promete reduzir as taxas de juros da modalidade e diminuir a inadimplência dos empréstimos pessoais. De acordo com Isaac Sidney, presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os bancos têm grande interesse em oferecer crédito com condições mais acessíveis.


Imagem Foto: USP

Atualmente, a taxa média do consignado privado é de 2,92% ao mês (41,23% ao ano), enquanto o consignado para funcionários públicos tem média de 1,82% ao mês (24,16% ao ano). Com o novo formato, a expectativa é de queda nas taxas, já que as instituições bancárias não precisarão firmar convênios com diversas empresas e poderão analisar diretamente o perfil dos trabalhadores e das empresas empregadoras. Além disso, a possibilidade de utilizar o FGTS como garantia reduzirá o risco para os bancos.


O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, destacou no lançamento do programa que, caso o setor financeiro pratique juros abusivos, o governo poderá estabelecer um teto. No entanto, Sidney acredita que isso não será necessário, pois taxas elevadas aumentam o risco e o custo do crédito, o que não é interessante para bancos, clientes ou para a economia em geral.


O novo consignado visa ampliar o acesso ao crédito para trabalhadores do setor privado, que atualmente somam apenas R$ 40 bilhões contratados nessa modalidade, em comparação aos R$ 365,44 bilhões dos servidores públicos. Uma das grandes dificuldades até então era a necessidade de convênios entre bancos e empresas, o que limitava o alcance da linha de crédito.


A inadimplência superior a 90 dias no consignado privado chega a 8%, contra 6% do crédito pessoal, que tem juros médios de 6% ao mês (103% ao ano). Especialistas apontam que a alta rotatividade no mercado de trabalho brasileiro e as elevações nos juros explicam o alto índice de atrasos. Com o novo modelo, que permite ao trabalhador manter o empréstimo mesmo ao mudar de emprego e utilizar parte do FGTS como garantia, espera-se que essa inadimplência seja reduzida.


O funcionamento do uso do FGTS no consignado ainda depende da operacionalização pela Caixa Econômica Federal, prevista para julho. Quando implementada, permitirá que o trabalhador utilize até 10% do saldo do fundo e a multa rescisória de 40% para quitar parcelas do empréstimo.


Segundo Sidney, a estimativa inicial para o novo consignado é movimentar R$ 120 bilhões, um número considerado conservador, levando em conta a migração de R$ 85 bilhões em crédito pessoal de trabalhadores formais que, até agora, não tinham acesso ao consignado por falta de convênios. A expectativa é que, com as novas garantias e um sistema mais centralizado, esse número possa ser superado.


Atualmente, cerca de 90% dos trabalhadores formais não possuem acesso ao consignado privado. Com o novo modelo, qualquer profissional com carteira assinada poderá recorrer à linha de crédito, independentemente da empresa contratante.


Compartilhar a notícia