Corpo de Bombeiros assumirá gestão das escolas cívico-militares em Minas Gerais a partir de 2024

A administração conjunta das escolas cívico-militares no estado de Minas Gerais sofrerá uma mudança significativa. O governador Romeu Zema (Novo) decidiu que o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMM) substituirá as Forças Armadas na gestão compartilhada dessas instituições a partir de 2024.

Apesar do anúncio do governo federal sobre o fim do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), o governador Zema manteve a iniciativa no estado. A Secretaria de Estado de Educação de Minas (SEE-MG) confirmou em nota a manutenção do programa. Conforme a nota divulgada, "as escolas cívico-militares do Estado serão mantidas em gestão compartilhada entre Secretaria de Estado de Educação (SEE-MG) e Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG)".

Essa transição para a gestão compartilhada com o CBMM será feita de forma gradual, visando a preservação da normalidade das ações educativas no restante do ano letivo de 2023, conforme comunicado pelo Ministério da Educação.

O estado de Minas Gerais adotou o programa do Ministério da Educação em 2020 e atualmente nove escolas da rede estadual estão no Pecim, atendendo cerca de 6 mil estudantes.

Efeitos do Pecim nas Escolas Estaduais

De acordo com a SEE-MG, o CBMM assumirá tarefas complementares ao corpo docente das escolas. Essas equipes serão uma extensão da equipe liderada pelo diretor escolar e terão um papel importante em aspectos como desenvolvimento afetivo, social, ético e simbólico, visando o desenvolvimento humano integral.

O Pecim vem mostrando resultados expressivos, segundo a SEE-MG. Após a implantação do programa, as escolas participantes registraram uma taxa de aprovação superior a 80%.

No contexto dessas mudanças, o governador Zema, através das redes sociais, exaltou a nova parceria: "A tradição, a disciplina e o prestígio de uma das instituições mais respeitadas do mundo agora se unem ao trabalho de ensino dos mineiros. Aqui a educação é sempre prioridade".