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Nos últimos tempos, redes sociais como o TikTok passaram a moldar o comportamento de consumo de um público cada vez mais jovem. Entre vídeos de unboxing, organização de coleções e vitrines coloridas, surgem produtos que se transformam em verdadeiros objetos de desejo — especialmente entre crianças e adolescentes.
O Labubu, um boneco de aparência monstruosa e colorida, é o mais recente exemplo dessa tendência. Embora tenha se popularizado na China entre colecionadores, o brinquedo ganhou o mundo após aparecer em conteúdos de celebridades como Lisa, do grupo Blackpink. Rapidamente, vídeos mostrando Labubus pendurados em bolsas ou organizados em vitrines com acessórios personalizados passaram a dominar os feeds.
Outros itens também seguem essa lógica, como os livros de colorir da marca Bobbie Goods, acompanhados das populares canetinhas Touch, e o copo Stanley, protagonista da trend #WaterTok, que transformou um simples objeto utilitário em símbolo de status e estilo de vida. Cada um desses produtos carrega não apenas apelo estético, mas uma função social poderosa: sinalizar pertencimento a um grupo.
Segundo especialistas, como a psicóloga Nay Macêdo, o consumo impulsivo observado nesse público está mais ligado a necessidades emocionais do que a utilidade dos itens. “Esses objetos funcionam como senhas sociais. Ter o boneco certo, a canetinha da moda ou o copo que viralizou é, muitas vezes, mais importante do que usá-los”, explica.
A Pesquisa TIC Kids Online Brasil 2024 reforça esse cenário: 83% das crianças e adolescentes brasileiros que acessam a internet possuem perfis em redes sociais. Entre as crianças de 9 e 10 anos, 60% já têm contas nessas plataformas, apesar da restrição etária oficial ser de 13 anos.
Essa presença precoce no ambiente digital as torna mais vulneráveis à lógica do consumo emocional. Nay alerta que esse padrão de comportamento pode se manifestar com irritação ao não conseguir um item, insistência em obter produtos da moda ou desvalorização do que já se possui. Em alguns casos, há até mentira para conseguir dinheiro. “Trata-se de um ciclo: compra-se algo, sente-se prazer, mas logo vem o vazio. E um novo desejo surge”, resume.
Os efeitos dessa dinâmica vão além do impulso de compra. Estudos da pesquisadora Eva Telzer, da Universidade da Carolina do Norte, revelam que o cérebro adolescente responde intensamente ao retorno social — como curtidas e comentários — nas redes. Essa validação ativa o núcleo accumbens, região ligada ao prazer, o que ajuda a entender por que esses objetos se tornam tão valiosos emocionalmente.
Mais do que comportamento, o consumo excessivo pode gerar consequências sérias no desenvolvimento. A constante exposição a tendências consumistas fragiliza a construção da identidade e condiciona a autoestima à validação externa. A lógica do “ter para ser” substitui valores como criatividade, segurança emocional e autonomia.
Esse contexto tem contribuído para o aumento de problemas de saúde mental. Nay cita fenômenos como o #SephoraKids, onde meninas pequenas replicam rotinas de skincare adultas, e a crescente obsessão de meninos com aparência física, músculos e uso precoce de esteroides. Segundo ela, esses sinais mostram que o consumo e a imagem se tornaram centrais na formação da identidade infantojuvenil.
Para lidar com esse cenário, a especialista defende a educação como principal ferramenta. “É necessário ensinar o que é desejo e o que é necessidade, distinguir propaganda de conteúdo e entender os gatilhos emocionais usados pelas redes sociais”, afirma. Para ela, mais do que proibir, é essencial cultivar o pensamento crítico e valorizar experiências que não dependam de objetos.
“É necessário desenvolver resistência simbólica: dizer ‘não’ ao que nos violenta com aparência de mimo”, reforça Nay Macêdo.
Dessa forma, o debate sobre o Labubu vai muito além do boneco. Ele revela como as redes sociais influenciam comportamentos, afetos e valores — e como pais, educadores e sociedade precisam estar atentos às sutilezas desse novo consumo digital.
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