Uma menina de 10 anos ficou grávida após ser estuprada na cidade de São Mateus, no Espírito Santo. Exames de sangue apontaram três meses de gestação. O suspeito de ter cometido o crime é um tio da vítima, que segue sendo procurado pela polícia. O caso foi descoberto na última segunda-feira (10), mas voltou a ser debatido nas redes sociais nesta sexta-feira (14).
De acordo com informações, o homem é suspeito de cometer os abusos contra a criança desde que ela tinha seis anos. O caso segue sendo investigado pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Idoso (DPCAI) da cidade de São Mateus. No entanto, segundo a Polícia Civil, ele não possui mandado de prisão em aberto e não é considerado foragido.
A Justiça e a equipe médica avalia a realização de um aborto. A legislação brasileira permite o aborto somente em três ocasiões: quando a gestação é resultante de um estupro, como neste caso, quando a gravidez cause risco de vida para a mulher ou em casos em que o feto seja anencefálico.
De acordo com especialistas, além do fato da gravidez ser resultante de um estupro, a gestação também pode apresentar um risco real de vida à criança devido a sua idade.
Após a notícia viralizar nas redes sociais, iniciou-se uma grande comoção e um debate sobre a necessidade da análise do judiciário sobre o aborto.
A secretária de Assistência Social do município de São Mateus, Marialva Broedel, disse ao jornal “A Gazeta” que a interrupção da gestação está sendo analisada.
"Está em análise [a interrupção da gestação], as equipes técnicas e médicas avaliam a possibilidade. A gente precisa aguardar o posicionamento do judiciário, Não pode tomar nenhuma decisão precipitada pela vida da criança. Vamos aguardar o posicionamento dos critérios médicos e judiciários para tomar uma decisão em conjunto com a família", disse a secretária ao jornal.
