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Política

Influenciadores vão ao STF com apoio de projeto financiado por grandes instituições

Viagem de participantes do 'Leis e Likes' foi custeada por entidades como OAB, YouTube e AMB, segundo Cecília Dassi

14/08/2025 às 18:48 por Redação Plox

Durante os dias 13 e 14 de agosto, o Supremo Tribunal Federal (STF) abriu suas portas para dezenas de influenciadores digitais em mais uma edição do evento 'Leis e Likes: O Papel do Judiciário e a Influência Digital'. A iniciativa, voltada à aproximação entre a Corte e as novas vozes das redes sociais, gerou repercussão nas plataformas digitais. Parte do público levantou suspeitas sobre os reais objetivos da ação, acusando o STF de tentar melhorar sua imagem pública com ajuda de personalidades da internet.


Imagem Foto: STF

De acordo com informações compartilhadas pela influenciadora e ex-atriz Cecília Dassi, os custos relacionados à viagem e participação dos convidados foram cobertos por meio do projeto Redes Cordiais, parceiro institucional do STF na realização do evento. A iniciativa contou com financiamento de organizações como o YouTube, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e o Instituto Justiça e Cidadania (IJC).


Apesar da polêmica, Cecília afirmou que os participantes não tiveram nenhuma obrigação contratual de divulgar conteúdo sobre o encontro. Ela explicou que o propósito seria ampliar o diálogo entre a Corte e a sociedade civil, além de estimular o entendimento sobre o papel do Judiciário.
“Até pra criticar precisamos, antes, compreender”, escreveu a influenciadora nos stories de seu Instagram

.

Durante o evento, os convidados participaram de visitas guiadas pelo Supremo, assistiram a uma sessão da Corte e estiveram em rodas de conversa com ministros e ministras, incluindo Alexandre de Moraes, que marcou presença no segundo dia da programação. Entre os temas abordados estavam liberdade de expressão, polarização política, desinformação e o uso da inteligência artificial.


Enquanto o clima dentro do Supremo era amigável, com momentos descontraídos — como a brincadeira entre Moraes e o influenciador Mizael Silva, conhecido por se apresentar como “advogado de Alexandre de Moraes” nas redes —, do lado de fora a situação era oposta. Manifestantes contrários ao ministro protestavam contra sua atuação no cenário político e jurídico nacional.


O projeto Redes Cordiais, responsável pela organização e apoio logístico aos influenciadores, foi fundado em 2018. Um de seus idealizadores e atual diretor de conteúdo é o jornalista Guilherme Amado, que já atuou em veículos como Veja, O Globo, Época e Metrópoles, e atualmente escreve para o site PlatôBR. Recentemente, Amado foi citado pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em uma polêmica sobre uma matéria envolvendo o ex-assessor Filipe Martins e sua suposta entrada nos Estados Unidos — fato que a defesa de Martins nega com base em documentos apresentados.


Entre os influenciadores que participaram do 'Leis e Likes' deste ano estão nomes de diversas áreas e nichos: Alexandre Simone e Lucas Galdino (@historiasdeterapia), Nath Finanças (@nathfinancas), Yuri Marçal (@oyurimarcal), Sabrina Fidalgo (@sabrinafidalgoo), Deia Freitas (@naoinviabilize), Antonio Tabet (@antoniotabet), Mizael Silva (@mizaelsilv), Jooj Natu (@jooj), Laila Zaid (@lailazaid), Beta Boechat (@betaboechat), Biel Braga (@umbipolar), Pedro Henrique França (@pfranca), Rafa Xavier (@braidsrafa), Sara do Vale (@profsaradovale), Jackson Augusto (@afrocrente), Fred Nicácio (@frednicacio), Beatris Brantes (@beatrisbrantes), Reinaldo Heleno (@3palavrinhas), Luana Xavier (@luaxavier), Anaterra Oliveira (@anaterra.oli), Marco Viricimo e Vitor Vogel (@vogalizandoahistoria), entre outros.


O STF reafirmou que não oferece cachê ou arca com despesas dos participantes, mantendo a linha de que a ação é de cunho exclusivamente social. A divulgação da origem dos recursos, no entanto, gerou novos debates sobre a transparência e os interesses por trás da aproximação entre influenciadores e o Judiciário brasileiro.


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