Alunos da Escola Estadual Alzira do Vale Rollemberg, em São José do Rio Preto (SP), estão liderando uma iniciativa que une sustentabilidade, educação ambiental e geração de renda por meio da produção de sabão com óleo de cozinha usado.

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A proposta surgiu como alternativa para reduzir a poluição do Córrego Piedadinha, que passa próximo à unidade escolar. Há mais de dois anos, a escola já atua em ações de revitalização da área, e agora o foco está em evitar que o óleo seja descartado de forma inadequada, comprometendo os recursos hídricos.

Durante as atividades do projeto, os estudantes identificaram que o descarte incorreto do óleo era um dos principais agentes poluentes do córrego. Motivados, decidiram transformar esse resíduo em sabão.

“Eles queriam aprender técnicas e sugerir ações para salvar o córrego. Abordamos os impactos ambientais causados pelo óleo usado no ambiente aquático”, explicou a professora de geografia Sandra Zanatta Rodrigues, em entrevista à TV TEM.

A oficina de produção de sabão foi viabilizada com a ajuda de voluntários, como a Cosmira, tia de um dos alunos, que ensinou o processo de transformação do óleo em sabão com uso de soda cáustica e álcool. “Foi tudo muito novo para mim. Se cada um fizer sua parte, ajudamos a natureza”, afirmou.

O projeto também envolveu moradores da comunidade, que participaram das oficinas para aprender a produzir sabão em barra e líquido. Os produtos são vendidos, e a renda obtida é destinada ao financiamento de novas ações ambientais promovidas pela escola.

“É muito importante para o meio ambiente e também para nós, para criar uma boa expectativa de vida agora e no futuro”,

ressaltou a estudante Camila Silva Soares.

Giovana Savóia Santos também destacou o aprendizado obtido: “Acho muito importante saber reutilizar o óleo e criar novas coisas.”

O professor Alan Rocha Sanches complementou que o projeto reforça a conscientização ambiental de forma interdisciplinar

. “Falamos sobre os problemas dos resíduos descartados de maneira inadequada e os alunos foram desenvolvendo essa noção de responsabilidade ecológica.”