Bolsonaro admite possibilidade de inelegibilidade, mas nega ter cometido crimes

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou em um evento de empreendedores brasileiros na Flórida, nos Estados Unidos, nessa terça-feira (14), que existe a possibilidade de sua inelegibilidade. Ele, no entanto, negou ter cometido qualquer crime. Segundo ele, em alguns casos no Brasil, "não precisa ter culpa para ser condenado".

Bolsonaro também comentou a possibilidade de uma eventual prisão e afirmou que ela só ocorreria caso fosse uma "arbitrariedade". As declarações foram dadas durante a sua participação no evento, onde ele também falou sobre os atos do dia 8 de janeiro, que resultaram na depredação do Supremo Tribunal Federal (STF), Congresso Nacional e do Palácio do Planalto.

"Atos antidemocráticos, não participei de quebra-quebra. Respeitei o pessoal na frente dos quartéis porque é direito deles se manifestarem publicamente. Lamentavelmente, aconteceu o 8 de janeiro", afirmou o ex-presidente.

Bolsonaro também declarou que o objetivo do ocorrido no dia 8 de janeiro foi "sepultar a direita que mal nasceu no Brasil".

Michelle Bolsonaro viaja para encontrar ex-presidente nos EUA

O ex-presidente terá companhia de sua esposa durante o restante de sua estadia nos EUA. Nessa terça-feira (14), Michelle Bolsonaro embarcou em um voo da Gol com destino a Orlando, nos Estados Unidos, para se encontrar com o marido. 

Escândalo das joias

A viagem acontece em meio ao escândalo das joias que foram retidas na Receita Federal, avaliadas em R$ 16,5 milhões, dadas pelo governo da Arábia Saudita. O ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou aos auditores e em entrevista que os presentes seriam para a primeira-dama. No entanto, Michelle negou ter conhecimento sobre a existência dos objetos, que estão retidos na Receita desde outubro de 2021. Um outro pacote, com joias masculinas, está com Bolsonaro, que prometeu entregar ao Tribunal de Contas da União (TCU).