Operação investiga quadrilha que aplicava golpes em policiais militares de Minas Gerais

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deflagrou a Operação "O Ilusionista" na manhã desta quarta-feira (15) para investigar uma organização criminosa envolvida em crimes de estelionato e lavagem de dinheiro contra policiais militares, militares das Forças Armadas da reserva e pensionistas. Foram cumpridos onze mandados de busca e apreensão e seis de prisão preventiva em cidades como Belo Horizonte, Contagem, Betim, Ibirité, Mateus Leme e São Francisco.

Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), mais de 30 vítimas já foram identificadas, com um prejuízo total de cerca de R$ 700 mil. Uma das vítimas perdeu mais de R$ 200 mil para os criminosos. A organização criminosa mirava principalmente pessoas idosas ou com doenças graves, enganando-as com falsas alegações de direito a vantagens financeiras decorrentes de ações judiciais bem-sucedidas contra entidades de previdência privada ou seguros de vida.

A operação está sendo conduzida pelo Gaeco e pela 11ª Promotoria de Justiça de Belo Horizonte, com apoio da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) e da Polícia Penal de Minas Gerais. Durante as investigações, foi constatado que os criminosos utilizavam histórias bem elaboradas e a estrutura da organização para convencer as vítimas a depositar grandes quantias em dinheiro, supostamente para custas processuais ou honorários, em contas bancárias fornecidas pelo grupo. Os criminosos alegavam que os depósitos eram necessários para liberar os valores retidos.

Além disso, os criminosos usavam nomes de autoridades do alto-comando da Polícia Militar para dar maior credibilidade aos argumentos fraudulentos do grupo. A operação contou com a participação de dois promotores de Justiça, dois servidores do MPMG, 63 policiais militares e dois policiais penais.