Moraes nega devolução de passaporte, e Bolsonaro denuncia perseguição

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reagiu à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que rejeitou seu pedido para a devolução do passaporte. A medida impediu Bolsonaro de comparecer à posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, em Washington, na próxima segunda-feira (20).

Decisão e resposta de Bolsonaro
Bolsonaro, em entrevista à CNN, afirmou que sua defesa recorrerá da determinação judicial. Segundo ele, advogados argumentarão que há precedentes de autorização para viagens de pessoas já condenadas.

– Minha defesa vai recorrer da decisão. Eles vão argumentar que houve, no passado, a liberação de passaporte para viajar a pessoas condenadas – disse Bolsonaro.

O ex-presidente também classificou as restrições como parte de uma perseguição política, comparando sua situação no Brasil à de Trump nos Estados Unidos.

– O que eu estou passando aqui é o mesmo que Trump passou lá nos Estados Unidos. Até atentado a homicídio ele sofreu lá e eu sofri aqui – declarou.

Entenda o caso
Bolsonaro havia solicitado a Moraes a devolução de seu passaporte com o objetivo de viajar para Washington. O pedido foi feito para acompanhar a posse de Trump, evento marcado para o dia 20 de janeiro.

Em resposta inicial, no último sábado (11), o ministro exigiu que o ex-presidente apresentasse um documento oficial que comprovasse seu convite para a cerimônia. Dois dias depois, na segunda-feira (13), a defesa de Bolsonaro declarou que o convite havia sido enviado por e-mail ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), indicando que isso constituía prova suficiente da solicitação.