Lula afirma que Brasil não pode viver eternamente do Bolsa Família

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve nesta terça-feira (15) na fábrica da Nissan, no Rio de Janeiro, para uma cerimônia marcada por dois momentos importantes: a assinatura do decreto que regulamenta o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover) e um discurso enfático sobre o futuro do Brasil.

Foto: Presidência

"Voltei à presidência da República para provar que esse país não pode ser eternamente pobre, eternamente vivendo de Bolsa Família. Não. Nós precisamos fazer as pessoas se formarem adequadamente, aprender uma profissão, poder constituir família, ter prosperidade e viver em um padrão de classe média", afirmou o presidente.

A visita também celebrou o início da produção do novo modelo Nissan Kicks e teve forte simbolismo para a indústria automobilística. Na ocasião, Lula destacou os esforços do governo federal, especialmente do Ministério da Fazenda, comandado por Fernando Haddad, como impulsionadores das recentes movimentações positivas no setor. Ele ironizou aqueles que creditam esses avanços ao acaso: "Tem gente que acha que é normal o que está acontecendo (com a indústria), que não tem nada a ver com o Haddad na Fazenda e nada a ver com o Lula na presidência, que a indústria está crescendo porque é sorte".

O decreto assinado regulamenta o programa Mover, uma iniciativa voltada à inovação e à sustentabilidade no setor automotivo, com incentivos bilionários. O programa atende a uma demanda feita anteriormente pela Anfavea, associação que representa as montadoras, que pedia a implantação do chamado IPI Verde. A medida prevê alíquotas mais baixas de imposto para veículos com menor emissão de gás carbônico, promovendo a transição para tecnologias mais limpas.

Com essa movimentação, o governo busca dar sinais de apoio à indústria nacional e ao mesmo tempo reforçar políticas sociais ligadas à formação profissional e à redução da dependência de programas de transferência de renda, como o Bolsa Família.