Primeiro sargento do Bope morre durante treinamento aquático

O primeiro sargento Jaime José de Faria Neto, de 45 anos, morreu durante o Curso de Operações Especiais (Coesp) do Batalhão de Operações Especiais (Bope) na segunda-feira (15). Ele estava participando de uma travessia aquática em Ribeirão das Lajes, em Piraí, quando sofreu um mal súbito. Testemunhas relataram que o militar se afogou durante o exercício.

Tentativa de socorro

Após o mal súbito, Jaime foi imediatamente socorrido pela equipe de instrução e recebeu atendimento dos profissionais de saúde que acompanhavam o curso. No entanto, ele não respondeu aos estímulos dos procedimentos de primeiros socorros. Em seguida, foi levado para o Hospital Municipal Flávio Leal, em Piraí, onde foi confirmado o óbito.

Procedimentos e investigações

O corpo de Jaime foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para necropsia. A Polícia Militar (PM) instaurou um Inquérito Policial Militar (IPM) para investigar as circunstâncias da morte. Curiosamente, o caso não foi registrado na delegacia pela PM.

Jaime José de Faria Neto estava no Bope desde 2009, após concluir o Curso de Ações Táticas (CAT). Ele estava na PM há quase 20 anos e deixa esposa e um filho. Ainda não há informações sobre o local do velório e enterro do sargento. A família de Jaime está sendo assistida pela psicóloga da unidade.

Histórico de incidentes similares

A morte de Jaime é a terceira ocorrência similar durante o Curso de Operações Especiais do Bope nos últimos anos. Em julho de 2021, o soldado Allan da Silva Vigna, de 32 anos, também morreu durante uma travessia aquática em Ribeirão das Lajes, vítima de um mal súbito. Dois anos antes, em novembro de 2018, o cabo Carlos Henrique de Paula Nibbering, de 29 anos, sofreu um mal súbito durante um exercício de instrução do Coesp em Itaguaí. Ele chegou a ser levado ao Hospital Municipal São Francisco Xavier, mas não resistiu a uma parada cardíaca.

Curso de Operações Especiais (Coesp)

O Curso de Operações Especiais (Coesp) do Bope tem duração de seis meses e é considerado superior ao Curso de Ações Táticas (CAT), que dura três meses. Jaime era formado no CAT e estava tentando concluir o Coesp, um dos requisitos para ingressar nas operações especiais do Bope.