Bolsonaro deixa prisão domiciliar e é levado com urgência ao hospital

Em meio ao cumprimento de sua pena em prisão domiciliar, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) precisou ser levado com urgência ao hospital DF Star, em Brasília, nesta terça-feira (16/9). A situação mobilizou sua equipe e policiais penais após ele apresentar fortes crises de soluço, episódios de vômito e queda de pressão arterial.

Foto: STF

Segundo o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, o quadro clínico se agravou repentinamente. Por conta da emergência, a defesa optou por não solicitar autorização ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para o deslocamento.

Esta não foi a primeira vez que Bolsonaro deixou a prisão domiciliar por questões médicas. No último domingo (14/9), ele já havia se dirigido ao mesmo hospital para a realização de exames laboratoriais, de imagem e uma cirurgia para retirada de lesões cutâneas. Nessa ocasião, foi diagnosticado com anemia por deficiência de ferro e resquícios de uma pneumonia recente, causada por broncoaspiração.

Em laudo médico encaminhado ao STF, o cirurgião-geral Claudio Birolini indicou que Bolsonaro deveria continuar o tratamento para hipertensão arterial e refluxo gastroesofágico, além de adotar medidas preventivas contra novos episódios de broncoaspiração. A visita ao hospital no domingo havia sido previamente autorizada por Moraes.

A emergência desta terça ocorre poucos dias após a Primeira Turma do STF ter condenado Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão. Ele foi considerado culpado por crimes como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado com violência ou grave ameaça ao patrimônio da União, e deterioração de bem tombado.

"Ele estava com pressão muito baixa, soluços incontroláveis e vomitando. Levamos às pressas ao hospital", relatou o senador Flávio Bolsonaro.

A situação de saúde do ex-presidente permanece sob observação, e novos posicionamentos da equipe médica ou do STF são aguardados.