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Economia

Salário mínimo deve seguir abaixo de R$ 2 mil até 2029

Governo prevê aumentos anuais abaixo da inflação ideal para manter o piso nacional ajustado

16/09/2025 às 14:05 por Redação Plox

O valor do salário mínimo nacional, atualmente fixado em R$ 1.518, deve seguir trajetória de aumento nos próximos anos, mas sem ultrapassar a marca dos R$ 2 mil até 2029. Essa previsão foi apresentada pelo governo federal no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026, entregue ao Congresso no final de agosto.


Imagem Foto: Reprodução Fotos públicas

Para o próximo ano, a estimativa oficial é de que o piso nacional suba para R$ 1.631, um reajuste de 7,45% baseado na expectativa de inflação de 4,78%, segundo informações do Ministério do Planejamento e Orçamento. Esse valor representa um acréscimo de R$ 1 em relação à previsão feita anteriormente no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), apresentado em abril.


As projeções para os anos seguintes indicam que o mínimo pode chegar a R$ 1.725 em 2027, R$ 1.823 em 2028 e R$ 1.908 em 2029. No entanto, esses valores podem ser ajustados conforme os números oficiais do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), com a variação limitada a um crescimento de até 2,5% ao ano — medida definida pelas regras fiscais em vigor.


O impacto desses reajustes vai além dos salários: segundo cálculos da equipe econômica, cada real adicionado ao salário mínimo representa um custo adicional de R$ 429,3 milhões por ano para os cofres públicos. Em contrapartida, o aumento gera um incremento de R$ 7,4 milhões na arrecadação previdenciária, resultando em um saldo negativo de R$ 422 milhões no orçamento do governo central em 2026.


O salário mínimo é referência direta para diversos benefícios sociais e previdenciários, como aposentadorias, pensões do INSS e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que não podem ter valores inferiores ao piso nacional. Assim, qualquer reajuste implica aumento automático nesses pagamentos.


Camila Pellegrino, especialista em direito previdenciário, explicou que quem recebe o salário mínimo sofre desconto de 7,5% referente ao INSS, resultando em um valor líquido de R$ 1.404,15.
"Não há cobrança de Imposto de Renda nessa faixa de salário, pois está abaixo do limite de isenção mensal", esclarece a advogada.

Outros descontos também podem afetar o valor recebido pelo trabalhador, dependendo de convenções coletivas ou políticas internas das empresas, como vale-transporte (até 6% do salário), vale-refeição, planos de saúde e odontológicos, além de seguros e pensão alimentícia, quando houver determinação legal.


As faixas de contribuição ao INSS, por sua vez, são progressivas. Para 2025, os percentuais são os seguintes:


- Até R$ 1.518: 7,5%


- De R$ 1.518,01 até R$ 2.793,88: 9%


- De R$ 2.793,89 até R$ 4.190,83: 12%


- De R$ 4.190,84 até R$ 8.157,41: 14%


Acima deste teto, a contribuição é limitada, conforme regra vigente. "Ou seja, não há desconto proporcional sobre salários superiores ao teto para fins previdenciários", detalha Camila.


Em paralelo ao salário mínimo nacional, alguns estados mantêm pisos regionais superiores. Em São Paulo, por exemplo, desde 1º de julho, o valor foi reajustado para R$ 1.804, com aumento real de cerca de 5% acima da inflação. A medida foi sancionada pelo governador Tarcísio de Freitas.


Já o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) aponta que o salário ideal para sustentar uma família de dois adultos e duas crianças, em agosto de 2025, deveria ser de R$ 7.147,91. A metodologia parte do custo da cesta básica mais cara do país e estima que a alimentação representa cerca de 35,78% do orçamento familiar.


A definição do salário mínimo segue sendo um dos principais elementos para a política fiscal do governo, com impactos diretos no orçamento federal e na renda de milhões de brasileiros. As projeções podem ser ajustadas conforme novas atualizações sobre a inflação e o PIB forem divulgadas nos próximos meses.


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