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Economia

Uso de cheques cai 96%, mas ainda movimentou mais de R$ 500 bilhões em 2024

Popularidade dos pagamentos digitais impulsiona a queda do cheque, que hoje representa apenas 0,1% das transações no Brasil

17/02/2025 às 10:53 por Redação Plox

Entre 1996 e 2024, o uso de cheques no Brasil sofreu uma redução expressiva de 95,9%, conforme levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), com dados da Compe, sistema responsável pela compensação desses pagamentos. Apesar da queda, os cheques ainda movimentaram R$ 523,2 bilhões no último ano, registrando um recuo de 14,2% em relação a 2023.

crédito: Imagem de 5317367 por Pixabay

Redução impulsionada pela digitalização

O declínio no uso do cheque começou a se tornar evidente nos anos 2000, com a popularização dos cartões de débito e crédito. O avanço das transações por internet banking e, mais recentemente, a criação do Pix em 2020, aceleraram ainda mais essa mudança, segundo Thaísa Durso, educadora financeira da Rico.

Atualmente, o cheque representa apenas 0,1% das transações financeiras no país. De acordo com relatório do Banco Central referente ao terceiro trimestre de 2024, o Pix lidera as operações, com 44,7% das transações realizadas no período. Cartões de crédito e débito vêm logo atrás, com 13,6% e 11,7%, respectivamente.

Mesmo em volume financeiro, onde o cheque sempre teve relevância, sua participação caiu para 0,6%. Nesse critério, o TED lidera com 36,4% da movimentação, seguido pelas transferências intrabancárias (22%) e o Pix (22,7%).

Quem ainda usa cheques?

Apesar da baixa adesão, o cheque ainda sobrevive em algumas situações específicas. Para Ivo Mósca, diretor de produtos da Febraban, há consumidores que têm receio de realizar transações de alto valor em canais eletrônicos, além de uma parcela da população que não tem acesso à internet ou dispositivos digitais. Segundo o Censo 2022, cerca de 21,4 milhões de brasileiros vivem sem acesso à rede.

Outra situação onde o cheque ainda se mantém é no comércio de cidades do interior, conforme aponta Marcos Vinicius Viana Borges, diretor de operações do Sicoob. Segundo ele, há uma tradição entre comerciantes e clientes que preferem pagamentos mais analógicos, como o cheque pré-datado, utilizado para postergar pagamentos sem recorrer ao cartão de crédito.

Além disso, o cheque ainda é usado como garantia em negociações como o cheque-caução, frequentemente exigido em contratos de aluguel ou compra de veículos.

Riscos e desafios do pagamento por cheque

Mesmo com algumas vantagens, o cheque apresenta riscos que contribuíram para sua perda de espaço no mercado. Thaísa Durso destaca que a compensação depende da disponibilidade de saldo na conta do emissor, tornando-o suscetível a inadimplência e fraudes.

Outro problema associado ao uso do cheque é a possibilidade de sonegação fiscal. De acordo com o advogado Arnaldo Rodrigues Neto, da área de direito bancário do escritório Tortoro, Madureira & Ragazzi Advogados, esse meio de pagamento pode ser utilizado para omitir receitas e reduzir tributos devidos. No entanto, ele ressalta que a fiscalização tributária tem se tornado mais rigorosa, tornando essa prática cada vez mais arriscada.

O futuro do cheque no Brasil

Apesar da tendência de queda, ainda não há previsão para o fim definitivo do cheque. Segundo Ivo Mósca, da Febraban, o meio de pagamento segue encolhendo, sem perspectiva de retomada.

Mesmo com a digitalização dos serviços bancários, os principais bancos — exceto os 100% digitais — ainda disponibilizam cheques para seus clientes, que podem solicitar folhas em caixas eletrônicos habilitados para essa função.

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