EUA avaliam devolver visto a Edson Fachin, futuro presidente do STF

As autoridades norte-americanas, lideradas pelo presidente Donald Trump, estão considerando a possibilidade de restaurar o visto de entrada do ministro Edson Fachin, recém-eleito presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), cuja posse está agendada para 28 de setembro, com mandato previsto de dois anos.

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Segundo informações divulgadas por Paulo Cappelli, colunista do portal Metrópoles, a proposta foi debatida em uma reunião que contou com a presença de representantes do Departamento de Estado dos Estados Unidos, do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e do jornalista Paulo Figueiredo.

A decisão, se concretizada, pode ser vista como um sinal de boa vontade do governo norte-americano em relação ao próximo líder da Suprema Corte brasileira. Fontes diplomáticas ligadas aos EUA destacam que Fachin é percebido como uma figura conciliadora, que não estimula o agravamento das tensões entre Washington e Brasília. Esse movimento seria também uma estratégia para isolar o ministro Alexandre de Moraes, que ocupará a vice-presidência do STF.

O visto de Fachin havia sido revogado junto com os de outros sete ministros do Supremo Tribunal Federal: Luis Roberto Barroso, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes. Todos foram atingidos por sanções impostas pelo governo norte-americano.

A reativação do visto pode ser interpretada como um gesto de boa vontade ao próximo dirigente da Suprema Corte brasileira

A movimentação diplomática ocorre em meio a um cenário delicado nas relações entre os dois países, com episódios recentes envolvendo cancelamento de vistos de autoridades e familiares, e trocas públicas de críticas entre representantes dos dois governos.