
Em um encontro no Palácio da Alvorada nesta quarta-feira (17/9), o presidente Lula (PT) afirmou a integrantes do PDT que não vê problema na discussão sobre a redução de penas aplicadas aos condenados por atos golpistas. A fala, relatada por três políticos que participaram do almoço, ocorreu em tom descontraído.
Lula lembrou aos presentes que ficou preso por 580 dias e, por isso, entende as dificuldades enfrentadas por quem cumpre pena. Ele, porém, não deixou claro se defende que a possível medida beneficie apenas os envolvidos nos ataques à Praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023, ou também aqueles acusados de planejar o movimento, como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A declaração acontece no momento em que a Câmara dos Deputados avalia a possibilidade de levar à votação um pedido de urgência para aprovar anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro. O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), já informou a líderes e ao Planalto que pretende colocar o tema em pauta. Enquanto isso, o governo federal tem mobilizado ministros para tentar frear o avanço da proposta entre as bancadas.
"Se querem discutir redução de pena, é outra coisa. Cabe a dosimetria ao Supremo Tribunal Federal ou até o Congresso avaliar e ter um projeto, mas aí é redução de pena, não tem a ver com anistia, não tem a ver com perdão", afirmou.
Apesar disso, há resistência interna. O presidente do PT, Edinho Silva, declarou em entrevista ser contrário a esse movimento e defendeu articulação para barrar projetos que abram espaço para uma anistia ampla — especialmente em relação a Bolsonaro. Para ele, derrotar propostas desse tipo é fundamental para reforçar a democracia.
No almoço no Alvorada, Lula também comentou estar incomodado com a aprovação da chamada PEC da Blindagem, que permite ao Congresso barrar processos criminais no STF contra parlamentares, além de impedir prisões de deputados e senadores. O presidente, no entanto, disse que, se fosse deputado, votaria contra o texto aprovado na Câmara.
O encontro reuniu ainda o presidente do PDT, Carlos Lupi, o ministro da Previdência, Wolney Queiroz, e Gleisi Hoffmann. Segundo um dos participantes, os temas políticos surgiram de forma breve em meio à tentativa de reforçar a aproximação entre PDT e governo.
Nas redes sociais, o senador Weverton Rocha (PDT-MA) afirmou que a reunião serviu para discutir pautas nacionais e reafirmar o apoio do partido a Lula, tanto no atual mandato quanto em 2026.
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