Não perca nenhuma notícia que movimenta o Brasil e sua cidade.
É notícia? tá no Plox
Famosos
Paul McCartney lidera protesto contra uso de músicas por IA sem pagamento de direitos
Mais de mil artistas britânicos, incluindo McCartney, Kate Bush e Jamiroquai, lançam álbum silencioso para exigir remuneração pelo uso de obras em treinamentos de inteligência artificial.
17/11/2025 às 12:19por Redação Plox
17/11/2025 às 12:19
— por Redação Plox
Compartilhe a notícia:
Paul McCartney aderiu ao protesto de mais de mil artistas e grupos do Reino Unido contra o uso de músicas por empresas de inteligência artificial sem compensação de direitos autorais. O músico britânico participa do álbum silencioso "Is This What We Want?", que reúne nomes de peso da cena musical em uma forte mensagem de alerta para autoridades e o setor cultural.
"Is This What We Want?" é um álbum que protesta contra a utilização de dados musicais por empresas de IA sem compensação por direitos autorais, no Reino Unido
Foto: Divulgação / Redes sociais.
Músicos britânicos unem forças no protesto
Além de McCartney, o projeto inclui artistas como Kate Bush, Cat Stevens, Jamiroquai, Tori Amos e Annie Lennox. O álbum, composto por faixas sem som, representa um posicionamento coletivo contra práticas de empresas de IA que utilizam dados de músicas para treinar algoritmos sem o devido pagamento por direitos autorais.
Lançamento do álbum e a mobilização pública
O músico e ativista Ed Newton-Rex, uma das lideranças da ação, escreveu sobre o lançamento do vinil do álbum e agradeceu aos envolvidos, enfatizando o apoio de McCartney e o engajamento de diversos músicos britânicos. Segundo ele, a sequência de faixas silenciosas reforça uma mensagem importante: o governo britânico não deveria legalizar o uso não autorizado de músicas para beneficiar empresas de inteligência artificial.
Debate internacional sobre IA e direitos autorais
O avanço da IA generativa abriu discussões em diversos países e organizações internacionais sobre como equilibrar o desenvolvimento tecnológico e a proteção de criadores. Entre as propostas, há quem defenda a exigência de autorização prévia para uso de obras protegidas, um sistema de remuneração coletiva ou a chamada "cláusula de opt-out", em que o titular do direito avisa caso não queira o uso de sua obra por ferramentas de IA.
Perspectivas legais e desafios para regulamentação
Alguns consideram que o uso de obras para treinar IA não viola direitos autorais, podendo se enquadrar na regra de "fair use", que prevê exceções como paródias ou utilizações mínimas de material protegido. O debate jurídico segue aquecido diante dos dilemas impostos pela tecnologia.
União Europeia avança na regulação da IA
A União Europeia saiu na frente com o "AI Act", publicado em julho do ano passado, ao determinar maior transparência nos processos de treinamento de modelos de IA. Embora não trate detalhadamente sobre a remuneração dos detentores dos direitos autorais, o texto exige que fornecedores divulguem resumos detalhados do conteúdo utilizado nos treinamentos, apontando para uma possível referência mundial na regulamentação do tema.