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Política

Lula condena invasão da Ucrânia após pressão internacional

A declaração foi uma resposta a críticas do governo norte-americano, que acusou Lula de repetir conteúdo de propaganda russa

19/04/2023 às 02:15 por Redação Plox

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em um almoço com o presidente da Romênia, Klaus Iohannis, nesta terça-feira, dia 18, que o Brasil "condena" a violação territorial da Ucrânia. Apesar de não citar nominalmente a Rússia, o presidente mudou seu tom em relação à guerra no país após forte pressão internacional para que se posicionasse explicitamente e aumentasse o tom contra Moscou.

A declaração foi uma resposta a críticas do governo norte-americano, que acusou Lula de repetir conteúdo de propaganda russa. Nos últimos dias, as declarações do presidente em entrevistas foram duramente criticadas por democracias ocidentais durante sua passagem pela China e pelos Emirados Árabes. O Itamaraty avalia que foram ruídos retóricos, que podem ocorrer, mas não comprometem a proposta brasileira, nem provocarão isolamento.

Durante o almoço no Itamaraty, Lula reafirmou sua disposição em ver o acordo comercial UE-Mercosul aprovado e citou a possibilidade de o Brasil ampliar o fluxo de comércio e investimentos com a Romênia em áreas como defesa e agricultura, com a participação da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Brasil condena violação territorial da Ucrânia e defende solução política negociada

O presidente Lula afirmou que o Brasil "condena" a violação territorial da Ucrânia e defende uma solução política negociada para o conflito. Durante o almoço com o presidente da Romênia, o presidente brasileiro reforçou que é importante criar um grupo de países que levem à mesa Rússia e Ucrânia para selar a paz.

Lula se disse preocupado com as consequências globais do enfrentamento, como a escassez energética e de alimentos. A guerra foi um dos temas mais abordados por Lula e pela imprensa internacional durante a viagem do petista à Ásia, na semana passada. No final da visita, já em Abu Dhabi, o presidente afirmou que a responsabilidade pela invasão russa na Ucrânia é tanto de Moscou quanto de Kiev.

Presidente da Romênia adota postura contundente
 

Foto: Presidência da República

Durante o almoço no Itamaraty, o presidente da Romênia, Klaus Iohannis, adotou uma postura contundente diante de Lula, chamando o conflito de uma "guerra de agressão lançada pela Rússia contra a Ucrânia". Segundo ele, Romênia será "implacável" no apoio à Ucrânia e afirmou que a comunidade internacional tem o dever de defender a vítima e ajudar a repelir a ofensiva militar.

“A mensagem da Romênia, como Estado vizinho e com a maior fronteira entre os Estados da União Europeia e da OTAN com a Ucrânia, é clara, forte e deve ser compreendida por nossos parceiros: por mais que Moscou tente justificar suas ações, a Rússia é um Estado agressor, que violou à força a soberania territorial da Ucrânia e tentou anular sua independência”, disse o presidente romeno ao presidente Lula.

Lula e a proposta brasileira para o conflito

O presidente Lula propôs a montagem de uma comissão negociadora, popularmente chamada de "clube da paz", e reafirmou sua disposição em ver o acordo comercial UE-Mercosul aprovado. Ele citou a possibilidade de o Brasil ampliar o fluxo de comércio e investimentos com a Romênia em áreas como defesa e agricultura, com a participação da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

O presidente brasileiro se disse preocupado com as consequências globais do enfrentamento, como a escassez energética e de alimentos. Ele afirmou ser urgente criar um grupo de países que levem à mesa Rússia e Ucrânia para selar a paz, mas não deu tanta ênfase à proposta como antes.

Pressão internacional e críticas

Nos últimos dias, as declarações de Lula em entrevistas foram duramente criticadas por democracias ocidentais, que acusaram o presidente de repetir conteúdo de propaganda russa e fragilizar sua condição de mediador ao adotar um discurso que tem lado. O governo Joe Biden espera explicações do Itamaraty e do Palácio do Planalto.

Washington e Bruxelas reagiram às declarações de Lula e afirmaram que o presidente repetia propaganda favorável aos russos. Sobretudo depois de Lula receber com distinção em Brasília o chanceler russo, Sergei Lavrov, enviado por Vladimir Putin. Na ocasião, Lavrov afirmou, sem ter sido contestado pela diplomacia brasileira, que Brasil e Rússia partilham da mesma visão sobre o conflito bélico.
 

Em recente viagem aos Emirados Árabes,  Lula disse que “A decisão da guerra foi tomada por dois países”. Foto: Presidência da República

O posicionamento do Brasil em relação à guerra na Ucrânia tem sido alvo de pressão internacional e críticas. O presidente Lula condenou a violação territorial da Ucrânia durante um almoço com o presidente da Romênia, Klaus Iohannis, e reforçou a importância de uma solução política negociada para o conflito. O presidente brasileiro propôs a criação de uma comissão negociadora e destacou a importância do acordo comercial UE-Mercosul. As declarações de Lula em entrevistas foram duramente criticadas por democracias ocidentais, que acusaram o presidente de repetir conteúdo de propaganda russa e fragilizar sua condição de mediador.

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